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Bancos derrubam 3 mil páginas de fraudadores por mês na internet

Golpes bancários envolvendo manipulação de correntistas cresceram 165% no primeiro semestre de 2021, aponta Febraban

Renda Extra|Márcia Rodrigues, do R7

Adriano Volpini (Febraban): fraudadores estão aproveitando aceleração digital da população
Adriano Volpini (Febraban): fraudadores estão aproveitando aceleração digital da população Adriano Volpini (Febraban): fraudadores estão aproveitando aceleração digital da população

Os golpes bancários envolvendo manipulação de correntistas cresceram 165% no primeiro semestre de 2021 em comparação com o semestre anterior de 2020, segundo levantamento feito pela Febraban (Federação Brasileira dos Bancos).

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Os dados também apontam que são tiradas cerca de 3 mil páginas fraudadas de bancos por mês. Também foram constadados aumento de incidências nos seguintes golpes:

• 271% do golpe do falso motoboy;

• 62% de ocorrências da falsa central telefônica ou funcionário; e

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• 26% de ataques de phishing (golpe eletrônico que visa obter dados pessoais do usuário, como mensagens e e-mails falsos que induzem o usuário a clicar em links suspeitos ou ainda páginas falsas na internet que induzem a pessoa a revelar dados pessoais).

Para Adriano Volpini, diretor da Comissão Executiva de Prevenção a Fraudes da Febraban, os números vêm crescendo porque os fraudadores estão aproveitando na digitalização forçada da população durante a pandemia.

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A maioria dos crimes utiliza a classificada pela Febraban de engenharia social, que consiste na manipulação psicológica do usuário para que ele lhe forneça informações confidenciais, como senhas e números de cartões para os criminosos, ou faça transações em favor das quadrilhas.

Volpini ressalta que os crimes não são finalizados pelos fraudadores, mas pelo próprio correntista que acredita no que o golpista está falando e segue suas instruções transmitindo seus dados e "facilitando a atuação das quadrilhas".

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Ele cita exemplos de ações movidas pela motivação psicológica ou pela euforia do cliente.

"Já realizamos diversas campanhas dizendo que o banco nunca pede dados bancários quando liga para o consumidor e as pessoas continuam acreditando nesse tipo de golpe", diz.

O diretor da Febraban ainda comenta os golpes envolvendo premiações fantásticas, como é o caso do golpe do leilão.

"Sempre desconfie de valores fora do mercado. Lembro da história de um profissional que perdeu R$ 500 por acreditar que estava comprando um ar-condicionado num site de leilão. Quando questionado se não desconfiou de um valor tão baixo, ele disse que só viu uma boa oportunidade e não parou para analisar", conta Volpini.

Volpini também destaca que a atenção do correntista bancário é fundamental para o combate aos golpes financeiros.

E ressalta que os bancos investem cerca de R$ 2,5 bilhões por ano em cibsersegurança, valor que corresponde a cerca de 10% dos gastos totais do setor com TI (Tecnologia da Informação), para garantir a tranquilidade de seus clientes em suas transações financeiras cotidianas.

"Não adianta a pessoa ter um carro blindado e andar com a janela aberta para aproveitar a brisa da manhã. Um carro blindado só é eficiente se for mantido fechado. É assim com a tecnologia e a segurança oferecida pelos bancos. O cliente precisa utiliza-la."

Conheça os principais golpes e como eles devem ser evitados

Golpe do Falso Motoboy

Como é

O golpe começa quando o cliente recebe uma ligação do golpista que se passa por funcionário do banco, dizendo que o cartão foi fraudado.

O falso funcionário solicita a senha e pede que o cartão seja cortado, mas que o chip não seja danificado. Em seguida, diz que o cartão será retirado na casa do cliente.

O outro golpista aparece onde a vítima está e retira o cartão. Mesmo com o cartão cortado, o chip está intacto e os fraudadores podem utilizá-lo para fazer transações e roubar o dinheiro da vítima.

Como evitar

Fique atento! Os bancos nunca pedem o cartão de volta nem mandam portadores até a sua casa para buscá-lo.

Se receber esse tipo de ligação ou visita, não entregue nada para ninguém e ligue imediatamente para o seu banco, de preferência de um celular, para saber se existe algum problema com a sua conta.

Golpe da Falsa Central de Atendimento

Como é

O fraudador entra em contato com a vítima se passando por um falso funcionário do banco ou empresa com a qual ela tem um relacionamento ativo.

Informa que sua conta foi invadida, clonada ou outro problema e, a partir daí, solicita os dados pessoais e financeiros da vítima.

E até mesmo pede para que ela ligue na central do banco, no número que aparece atrás do seu cartão, mas o fraudador continua na linha para simular o atendimento da central e pedir os dados da sua conta, dos seus cartões e, principalmente, a sua senha quando você a digitar.

Como evitar

Se receber esse tipo de contato, desconfie na hora. Desligue e entre em contato com a instituição através dos canais oficiais, de preferência usando o celular ou aplicativos móveis, para saber se algo aconteceu mesmo com sua conta.

O banco nunca liga para o cliente pedindo senha nem o número do cartão e também nunca liga para pedir para realizar uma transferência ou qualquer tipo de pagamento.

Golpe no WhatsApp

Como é

Os golpistas descobrem o número do celular e o nome da vítima de quem pretendem clonar a conta de WhatsApp.

Com essas informações em mãos, os criminosos tentam cadastrar o WhatsApp da vítima nos aparelhos deles.

Para concluir a operação, é preciso inserir o código de segurança que o aplicativo envia por SMS sempre que é instalado em um novo dispositivo.

Os fraudadores enviam uma mensagem pelo WhatsApp fingindo ser do Serviço de Atendimento ao Cliente do site de vendas ou da empresa em que a vítima tem cadastro.

Eles solicitam o código de segurança, que já foi enviado por SMS pelo aplicativo, afirmando se tratar de uma atualização, manutenção ou confirmação de cadastro.

Com o código, os bandidos conseguem replicar a conta de WhatsApp em outro celular, têm acesso a todo o histórico de conversas e contatos.

A partir daí, os criminosos enviam mensagens para os contatos, passando-se pela pessoa, pedindo dinheiro emprestado.

Desconfie de pessoas pedindo dinheiro ou seus dados por aplicativos de mensagem.

Geralmente os golpistas apelam para alguma urgência falsa e pedem depósitos e transferências via Pix para contas de terceiros ou então para pagar alguma conta.

Como evitar

Primeiro, proteja o seu WhatsApp de invasões e clonagens.

Nas configurações do aplicativo, clique em “Conta”, depois em “Confirmação em Duas Etapas” e ative essa funcionalidade de segurança com uma senha.

Você diminui a chance de golpistas roubarem seu número. E nas configurações de privacidade, deixe a sua foto de perfil pública apenas para os seus contatos, assim ninguém a utiliza para golpes.

Nunca compartilhe o código de segurança. E caso receba mensagens de parentes ou conhecidos pedindo dinheiro emprestado, confirme a identidade de quem está do outro lado.

Golpe da troca do cartão

Como é

Golpistas que trabalham como vendedores prestam atenção quando você digita sua senha na máquina de compra e depois trocam o cartão na hora de devolvê-lo.

Com seu cartão e senha, fazem compras usando o seu dinheiro. O mesmo pode acontecer com desconhecidos oferecendo ajuda no caixa eletrônico.

Eles se aproveitam de alguma dificuldade sua no terminal eletrônico para pegar rapidamente o seu cartão e depois devolver um que não é seu, ao mesmo tempo que espiam sua senha.

Como evitar

Fique sempre atento na hora das compras. Confira se é mesmo o seu nome impresso no cartão devolvido e, se possível, passe você mesmo o cartão na maquininha em vez de entregá-lo para outra pessoa.

Nos caixas eletrônicos, procure funcionários do banco devidamente uniformizados, não aceite ajuda de desconhecidos.

Golpe do link falso

Como é

Um golpe em que normalmente ofertas muito atrativas chegam por e-mail ou redes sociais como iscas para que os usuários informem seus dados como número de CPF, conta, cartões e senhas.

Essas mensagens também podem instalar vírus e aplicativos que roubam seus dados por meio de links maliciosos, permitindo os golpistas acessarem todas as suas contas.

Como evitar

Desconfie de mensagens que você não pediu ou aprovou, e de ofertas em que o desconto é tentador demais.

Fique atento ao e-mail do remetente, empresas de grande porte não utilizam contas privadas como @gmail, @hotmail ou @terra e entidades públicas sempre usam @gov.br ou @org.br.

Em caso de links, confira se o endereço da página corresponde ao correto. Em caso de dúvida, não clique.

Golpe do falso leilão

Como é

Golpistas criam sites falsos de leilão, anunciando todo tipo de produto por preços bem abaixo do mercado.

Depois pedem transferências, depósitos e até dinheiro via Pix para assegurar a compra. Geralmente apelam para a urgência em fechar o negócio, dizendo que você pode perder os descontos.

Mas nunca entregam as mercadorias pagas. Além disso, os fraudadores podem se aproveitar para roubar informações importantes como CPF e número de conta das vítimas.

Como evitar

Sempre pesquise sobre a empresa de leilões em sites de reclamação e confira o CNPJ do leiloeiro.

Nunca faça transações financeiras em sites que não tenham o cadeado de segurança no navegador e certificados digitais para transações, nem faça transferências para contas de pessoas físicas.

Golpe do falso empréstimo

Como é

Organizações criminosas se passam por falsas instituições financeiras e oferecem empréstimos com condições muito vantajosas para o consumidor.

As quadrilhas fazem anúncios em sites na internet e oferecem crédito, com condições muito atrativas, inclusive, prometem liberação fácil de dinheiro para consumidores negativados.

Quando o interessado preenche o cadastro nestes sites fraudulentos, os bandidos entram em contato e pedem que ele assine um suposto contrato, mas, sem que o usuário perceba, colocam cláusulas impondo multas, caso haja desistência.

Para que o falso empréstimo seja liberado, os bandidos pedem o pagamento de taxas e impostos e dizem que a prática é normal.

Como evitar

A Febraban alerta que não existe nenhum tipo de empréstimo em que a pessoa tenha que fazer qualquer tipo de pagamento antecipado, seja de impostos, de preenchimento de cadastro ou de supostos adiantamentos de parcelas, e esclarece que este tipo de abordagem é fraude.

Em todas as operações de crédito regulares, o cliente recebe o dinheiro e não tem que pagar nada para obter o empréstimo. Desconfie de sites na internet que ofereçam crédito com condições vantajosas.

Sempre pesquise e verifique se a instituição é autorizada pelo Banco Central a oferecer empréstimos.

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