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Renda Extra

Setor de supermercados descarta possibilidade de desabastecimento

Vice-presidente da Abras crê em dissolução do movimento dos caminhoneiros e diz não haver necessidade de estocar comida

Renda Extra|Márcia Rodrigues, do R7

Polícia Rodoviária Federal monitora bloqueio de caminhoneiros na rodovia Regis Bittencourt (SP)
Polícia Rodoviária Federal monitora bloqueio de caminhoneiros na rodovia Regis Bittencourt (SP)

Em meio a bloqueios de estradas ao redor do país por caminhoneiros que apoiam o governo federal, o vice-presidente da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), Marcio Milan, afirmou na manhã desta quinta-feira (9) que "não há necessidade de o consumidor correr" para estocar produtos alimentícios.

"Estamos monitorando junto ao governo federal no sentido de identificar possíveis movimentos. Por enquanto não corremos o risco de abastecimento. Não há necessidade de o consumidor correr para fazer estoques", disse.

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As interdições de rodovias federais e estaduais pelos caminhoneiros entraram no segundo dia consecutivo nesta quinta-feira (9). De acordo com nota mais recente do Ministério da Infraestrutura, com base em dados da PRF (Polícia Rodoviária Federal), no início da manhã ao menos 15 estados registravam interrupções do fluxo de veículos, sejam elas totais ou parciais. Pouco tempo depois o Espírito Santo havia saído da lista.

Na avaliação de Milan, o movimento "não está se firmando". "Cremos que nos próximos dias o movimento já terá terminado por que hoje já está menor", disse o executivo da Abras. "O movimento é pontual e está em algumas localidades. Não temos nenhum indicativo de que a movimentação vai se alongar por mais de dois dias."


O presidente Jair Bolsonaro afirmou hoje a apoiadores em Brasília que irá se reunir ainda nesta manhã com representantes da categoria. A informação foi confirmada depois pelo Ministério da Infraestrutura.

O mais recente movimento dos caminhoneiros ocorreu após os discursos inflamados de Bolsonaro no feriado da Independência. No dia, o presidente voltou a criticar o STF (Supremo Tribunal Federal). Entre as pautas, os apoiadores querem a dissolução da Suprema Corte, o que é inconstitucional.

Questionado sobre a possibilidade de o quadro mudar e o movimento persistir, Milan disse que "as lojas estão abastecidas, programadas".

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