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63% das crianças mortas por bala perdida no Rio moravam em favelas

Nos últimos 11 anos, 44 crianças morreram baleadas no RJ; segundo pesquisa da ONG Rio de Paz, 85% das mortes aconteceram durante operações policiais

Rio de Janeiro|Thaís Silveira, do R7*, com Record TV Rio

Jeremias foi morto na Maré
Jeremias foi morto na Maré

Uma pesquisa da ONG (Organização Não Governamental) Rio da Paz mostrou que 63% das crianças mortas por bala perdida no Rio de Janeiro moravam em comunidades. Nos últimos 11 anos, 44 crianças morreram baleadas no Estado, segundo a pesquisa.

O especialista em segurança pública José Ricardo Bandeira afirmou que, além das crianças viverem em áreas de risco, outro fator preocupante é a falta de uma orientação espacial bem definida.

— A criança não tem sentido de autoproteção e de perigo. Então, ela ouve o barulho, mas não consegue se abrigar da forma devida. 

O levamentamento também revelou que 85% dessas mortes aconteceram durante operações policiais. De acordo com Bandeira, o erro é a política de enfrentamento da violência. 


— As operações policiais não são planejadas, e o policial não tem um treinamento adequeado para fazer uma incursão na comunidade. Hoje, dentro da realidade da polícia do Rio de Janeiro, o ideal seria que somente o Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) entrasse em favelas, porque eles treinam 24h por dia para essa situação. 

Em nota, a Polícia Militar afirmou que "as operações são sempre planejadas para preservar a integridade física dos moradores, mas que ações de criminosos resultam na vitimização dessas pessoas".


Assista ao vídeo:

*Sob supervisão de PH Rosa

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