As ruas do Complexo do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro, amanheceram nesta sexta-feira (27) com faixas espalhadas pela comunidade pedindo justiça pela morte da menina Ágatha.Investigação dos casos com crianças mortas no Rio continua sem solução “Ágatha Presente: nós exigimos justiça para Ágahta” são os dizeres presentes em, pelo menos, sete faixas, estendidas no dia que completa uma semana a morte da menina. O protesto feito pelos moradores do Complexo do Alemão se junta a uma série de manifestações pelo caso da Ágahta, atingida por uma bala perdida nas costas, dentro de uma Kombi, na última sexta-feira (20). A menina foi levada para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, também na zona norte, mas não resistiu ao ferimento. Durante a cirurgia na unidade de saúde e a autópsia no IML (Instituto Médico Legal), foram retirados fragmentos do projetil do corpo de Ágatha. Entretanto, o laudo do ICCE (Instituto de Criminalística Carlos Eboli) revelou que não será possível fazer o confronto balístico pelo estado do material recolhido. A constatação do ICCE impossibilita saber se a bala que atingiu Ágatha saiu da arma de policiais militares da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) Fazendinha, que estavam presentes no local. O motorista da Kombi onde Ágatha estava declarou, após prestar depoimento, que não havia tiroteio no local no momento que a menina foi baleada, indo contra o primeiro relato da Polícia Militar que afirmava ter uma troca de tiros na região. Até a última quarta-feira (25), sete armas foram periciadas pela Polícia Civil e 11 policiais militares prestaram depoimento sobre a morte da criança na DH da Capital (Divisão de Homicídios), na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.*Estagiário do R7, sob supervisão de PH Rosa