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Após críticas, organização de festa polêmica diz que "repensou cenografia" e apaga vídeo

Organização da "Errejota" foi alvo de críticas durante toda a quarta (30) por conteúdo do vídeo

Rio de Janeiro|Do R7

Festa carioca com tema "favela" sofreu críticas nesta quarta
Festa carioca com tema "favela" sofreu críticas nesta quarta

A organização da festa "Errejota" informou nesta quinta (31) que repensou a cenografia e também apagou o vídeo de divulgação do evento. Na quarta-feira (30), o vídeo para divulgar a próxima edição do evento, que ocorre no dia 9 de abril, causou polêmica ao retratar as favelas cariocas com estereótipos que vêm sendo rechaçados pela população das comunidades nos últimos anos. Em cerca de dois minutos e 50 segundos, cenas em câmera lenta mostram o público dançando clássicos de funk.

A decoração da festa foi o suficiente para causar indignação nas redes sociais. Sutiãs em varal de roupa falso, moto-táxi na porta do evento e louça suja foram alguns dos elementos cenográficos usados.

Uma internauta fez um comparativo dos itens usados na decoração da festa com a realidade dos moradores das favelas cariocas. "A favela virou tema de festa, a dura realidade virou decoração, a pobreza sendo romantizada, gente... Parem com isso, queria ver vocês aqui na nossa pele, ter que contar com a sorte todos os dias pra não levar um tapa na cara de PM, ter a mochila revistada porque seu perfil é suspeito, não poder voltar pra casa depois da faculdade, escola, trabalho por causa de tiroteio ou toque de recolher. Eu queria muito poder entender a cabeça deles, mas não, não dá!", desabafou.

Após centenas de críticas, a organização publicou uma nota oficial no Facebook se desculpando por eventuais ofensas. "Para os que se sentiram ofendidos, nossas mais sinceras desculpas. Falar que não somos preconceituosos e que não queríamos glamourizar a vida na favela, como alguns comentários sugeriram, nem precisamos, pois quem conhece nossos valores, a trajetória da nossa empresa, dos nossos sócios e amigos sabem que isso não se aplica. (...) Reiteramos aqui nosso pedido de desculpas caso, em algum momento alguém tenha se sentido ofendido. Mas principalmente, temos certeza que estamos mostrando a cultura do funk de maneira bacana, construtiva e que busca orgulhar não só quem nasceu e foi criado numa favela, mas todo carioca, afinal o funk é um patrimônio de todo carioca, não apenas das comunidades onde ele nasceu."

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