Após morte, pacientes que tiveram complicações em procedimento estético procuram a polícia no Rio

Ao menos duas vítimas que afirmaram ter tido complicações em procedimentos estéticos realizados pelo médico Heriberto Ivan Arias Camacho procuraram a 16ª DP (Barra da Tijuca), na zona oeste do Rio, após a morte de uma paciente. Outro caso de óbito ainda é apurado pela 27ª DP (Vicente de Carvalho).

O delegado Ângelo Lages, responsável pela investigação da morte de Lindama Benjamin de Oliveira, de 59 anos, informou que o cirurgião plástico será intimado para prestar depoimento, nesta quinta-feira (16).

A empresária não resistiu após apresentar complicações em decorrência de uma lipoescultura realizada em uma clínica na Barra da Tijuca, no último dia 9. Ela chegou a ser levada em estado grave para um hospital particular, no dia seguinte, mas morreu logo depois.

A polícia apura também a denúncia de que a vítima fez o procedimento, mesmo tendo apresentado exames pré-operatórios antigos.

"A família relatou que ela não fez um risco-cirúrgico recente. O recomendado é até 30 dias antes da cirurgia. O exame dela já tinha seis meses. Quando ela veio operar, o médico não exigiu um novo, o que é uma conduta inaceitável", disse o delegado.

Ontem, o responsável técnico pela clínica foi preso em flagrante pela falta de autorização do estabelecimento para realizar procedimentos de alta complexidade. Além disso, o espaço foi interditado e passou por vistoria.