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Artista de circo preso em ação contra milícia deixa prisão no Rio

Justiça revogou a prisão preventiva de Pablo Dias Bessa Martins detido com outros 158 em ação contra milícia

Rio de Janeiro|PH Rosa, do R7

Pablo foi preso no dia 7 de abril em show de pagode
Pablo foi preso no dia 7 de abril em show de pagode

Pablo Dias Bessa Martins, de 23 anos, detido em uma ação contra a milícia em Santa Cruz, zona oeste do Rio de Janeiro, deixou neste sábado (21), o Complexo de Gericinó, em Bangu. Ele estava preso desde o dia 7, quando a Polícia Civil realizou uma operação em um show de pagode em um sítio.

A prisão dele foi revogada na quinta-feira (19) pela Justiça. De acordo com a decisão da Justiça, as motivações para revogar a prisão de Pablo são que ele “é primário, não possui antecedentes criminais, tem residência fixa e é profissional circense”. Além disso, a decisão também aponta que “o fator que o diferencia de todos os outros presos é a comprovação documental de que passa a maior parte de sua vida, atualmente, fora do país”.

Pablo trabalha há cinco anos na empresa Up Leon e passa de quatro a oito meses no ano na Suécia fazendo apresentações circenses como acrobata, malabarista e capoeirista. A próxima viagem está marcada para a terça-feira (24), quando vai realizar uma turnê de cinco meses e meio.

A prisão de Pablo aconteceu durante um show de pagode que, segundo a Polícia Civil, foi organizado pela milícia que atua na região. Já Jéssica Carla, mulher de Pablo, diz que houve venda de ingressos pela internet e até segurança com revista corporal, como em outros shows.


— Vimos a propaganda do evento no Facebook e nas rádios também. Compramos o ingresso pelo site e no dia fomos revistados, tinha segurança feminino e masculino, tudo normal.

Segundo ela, a festa corria normal, dois grupos de pagode se apresentaram e, por volta das 3h, antes do último grupo tocar, os policiais chegaram e houve troca de tiros do lado de fora do evento. Nesse confronto, quatro pessoas morreram, segundo a DHBF (Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense), todos envolvidos com a milícia.


Jéssica contou que os agentes mandaram as mulheres saírem do sítio e que os homens foram levados à Cidade da Polícia, na zona norte, onde passariam por averiguação e então seriam liberados os que não tivessem antecedentes criminais. Todos os 159 detidos ficaram presos na unidade.

O caso de Pablo chamou atenção e fez com que artistas como Wagner Moura e Marcos Frota, que é responsável pelo Unicirco, onde o jovem trabalhou, se manifestassem pedindo para que a Justiça revogasse a prisão dele.

Na quarta-feira (18), a Defensoria Pública do Rio de Janeiro divulgou que, dos 159 presos, 139 não são alvo de investigações. Desde a prisão, familiares de vários presos fazem protestos na porta do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) pedindo que os detidos sejam liberados.

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