O ex-governador Luiz Fernando Pezão negou ter sido o criador da chamada “taxa de oxigênio”, propina estabelecida em contratos com o Estado, em depoimento ao juiz Marcelo Bretas, nesta segunda-feira (3).
Pezão havia sido acusado pelo também ex-governador e aliado Sérgio Cabral, que prestou depoimento mais cedo ao juiz, no âmbito da Operação Lava Jato.
De acordo com Cabral, a propina representava 5% do valor dos contratos e era distribuida entre os ex-governadores e o TCE (Tribunal de Contas do Estado).
Durante depoimento, Pezão ainda afirmou que as acusações de Cabral são absurdas e relembrou o dia da prisão. "As acusações são absurdas. Fui tirado do Palácio Laranjeiras de uma maneira violenta. Faltavam 33 dias para o fim do governo. E sair daquela maneira, com seis de fuzis apontados para minha cabeça e da minha esposa, foi uma violência".
A Justiça Federal colhe o depoimento dos investigados na Operação Boca de Lobo, que apurou crimes como lavagem de dinheiro e organização criminosa durante as gestões dos ex-governadores do Rio.