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Bala que matou Ágatha partiu de arma de PM, diz Polícia Civil

Inquérito indicia policial militar por homicídio doloso; segundo investigação, militar tentava atingir dois suspeitos em uma moto, mas bala recocheteou 

Rio de Janeiro|Lucas Ferreira, do R7*

Ágatha Félix foi morta no dia 20 de setembro
Ágatha Félix foi morta no dia 20 de setembro

A Polícia Civil confirmou nesta terça-feira (19) que a bala que matou Ágatha Félix, de 8 anos, foi disparada por um policial militar da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Fazendinha, complexo do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro.

De acordo com o inquérito, o PM tentava atingir dois suspeitos que estavam em uma moto, mas o tiro ricocheteou em um poste e atingiu a menina, no dia 20 de setembro.

Em entrevista a Record TV, o delegado Marcos Drucker, um dos responsáveis por conduzir as investigações do caso, lembrou que a Polícia Civil provou que os homens na moto não estavam armados.

O policial militar será indiciado por homicídio doloso - quando há intenção ou se assume o risco de matar. Segundo a investigação, há um "erro de execução por parte do PM" na ação que vitimou Ágatha.


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Agora, a Polícia Civil deve enviar o relatório ao MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro), que poderá formalizar a denúncia à Justiça. Para concluir o inquérito, a instituição ouviu depoimentos de testemunhas e policiais militares, além de realizar perícias na Kombi onde Ágatha estava, no projétil retirado da menina e na arma dos policiais.

Uma reprodução simulada, feita no dia 1º de outubro, tentou esclarecer a dinâmica em que Ágatha foi atingida. Na época, o chefe do DGHPP (Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa), Antônio Ricardo Nunes, explicou que as testemunhas participaram da reconstituição encapuzadas para a preservação da identidade.


Em nota, a Polícia Civil declarou que vai pedir o afastamento do policial da UPP e proibiu o contato dele com qualquer testemunha do caso, que não seja da Polícia Militar.

Já a PM informou que o policial, apontado pela Polícia Civil como autor do disparo, está afastado de suas atividades nas ruas. 


A Corporação também disse que está dando apoio à DH da Capital, e em paralelo segue a apuração interna através do IPM (Inquérito Policial Militar).

*Estagiário do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira

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