Bombeiros que morreram em incêndio no Rio serão enterrados
Corporação abriu sindicância para apurar circunstâncias das mortes, que foram causadas por inalação de fumaça apesar do uso de equipamentos
Rio de Janeiro|Da Agência Brasil
Ostrês militares do Corpo de Bombeiros que morreram na sexta-feira (18) por inalação de fumaça, no combate ao incêndio que destruiu uma whiskeria na Rua Buenos Aires, no centro da cidade, serão enterrados neste sábado (19).
Leia mais: Bombeiros mortos em incêndio inalaram fumaça, diz comandante
O corpo do sargento Geraldo Ribeiro será enterrado às 16h, no mausoléu da corporação, no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, zona portuária do Rio. O velório do militar começa às 11h, na capela E do cemitério.
O corpo do cabo Klérton de Araújo será enterrado às 16h15, no Cemitério Jardim da Saudade, na Sulacap, zona oeste da cidade. O velório começa às 11h45, na Capela 2. No mesmo cemitério será enterrado também o corpo do cabo José Pereira Neto. O velório começará às 13h30 na capela 7.
Três militares do Corpo de Bombeiros foram internados no hospital central Aristarcho Pessoa, no Rio Comprido. O hospital pertence à corporação, e um deles O hospital pertence à corporação e um deles, o capitão Thiago Agostinho Dias, já recebeu alta hospitalar.
Dois bombeiros permanecem internados: o capitão David Mont’serrat da Cunha e o sargento Rafael Magalhães Alves. A corporação informou que um deles está em estado grave e o outro em observação, mas não forneceu mais detalhes.
Investigação
O comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Rio, Roberto Robadei, disse na sexta (18), que os soldados usavam equipamentos modernos, incluindo cilindros de oxigênio. Ele informou que as circunstâncias das mortes, causadas por inalação de fumaça, serão investigadas.
“É um momento muito triste para nós do Corpo de Bombeiros. Perdemos três companheiros e há três militares em observação. Nós nos solidarizamos com as famílias desses guerreiros, heróis, que tinham mais de dez anos de serviço, experientes”, lamentou Robadei.
De acordo com o comandante, a primeira avaliação era que se tratava de um incêndio simples, sem nenhuma complicação. “Estava sob controle e fomos surpreendidos. Era uma casa antiga, com muitas divisórias. Eles tiveram dificuldade em sair e foram surpreendidos pela fumaça. O problema foi inalação de fumaça”, explicou.
O coronel Robadei reafirmou que o Rio dispõe de excelentes equipamentos, em nível internacional. “Eles estavam com os melhores equipamentos e nós estamos instaurando uma sindicância para apurar o que aconteceu, para que não ser repita. Não teve desabamento nem explosão” acrescentou.
Solidariedade
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro soltou nota de pesar diante das mortes. O órgão presta solidariedade aos colegas de corporação e aos parentes das vítimas, “que tiveram suas vidas ceifadas em pleno cumprimento do dever”.