O ex-vereador Dr. Jairinho
Tânia Rego/Agência BrasilPrevisto para ser realizado inicialmente no dia 1º, o novo depoimento de Jairo Souza Santos, o Dr. Jairinho, está marcado para esta segunda-feira (13). O adiamento foi concedido pela Justiça a pedido da defesa. Ele é acusado pela morte do enteado Henry Borel, em março de 2021.
Jairinho esteve presente na audiência de 9 de fevereiro, mas não prestou depoimento. Após falar por cerca de 10 minutos, ele citou a necessidade de confronto pericial no caso. Logo depois, um dos advogados do ex-vereador, Cláudio Dalledone, afirmou que o depoimento dos peritos iria "colocar por terra muitas certezas da acusação”.
No dia 1º foram ouvidos dois peritos no Tribunal de Justiça. Leonardo Huber Tauil, perito que assinou o laudo da morte de Henry foi o primeiro a ser ouvido e confirmou que o menino teve hemorragia interna e laceração hepática provocada por ação contundente e que a cavidade abdominal estava com cerca de 20% a 40% preenchida por sangue. O exame durou cerca de 40 minutos.
Em seguida, a juíza ouviu o assistente técnico Sami El Jundi, contratado pela defesa de Jairinho, que contesta pontos apresentados pelo perito. Na avaliação de Sami El Jundi, chamou a atenção "a pobreza de elementos descritivos" no laudo da necropsia. Ele afirmou ainda que elementos foram adicionados em laudos complementares.
Morte
O menino Henry, de 4 anos, morreu no apartamento onde morava com a mãe, Monique Medeiros, e o padrasto, Jairo, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, no dia 8 de março do ano passado. O laudo pericial concluiu que a criança morreu em decorrência de uma pancada forte no fígado, que provocou uma hemorragia. O padrasto e a mãe são acusados de tortura e homicídio.