Caso Jeff Machado: produtor também vai responder por maus-tratos de animais
Bruno Rodrigues é suspeito de matar e ocultar o corpo, além de abandonar os oito cachorros do ator na rua
Rio de Janeiro|Do R7
O produtor Bruno de Souza Rodrigues, preso na quinta-feira (15) pela morte do ator Jeff Machado, também vai responder por maus-tratos em animais. Ele é acusado de ter abandonado os oito cães da raça setter inglês que eram do ator em bairros da zona oeste do Rio de Janeiro. A pena prevista para o crime é de dois a cinco anos de prisão.
Segundo a delegada Elen Souto, responsável pelas investigações do assassinato, além de homicídio triplamente qualificado com ocultação de cadáver, Bruno vai responder por estelionato e pelos maus-tratos nos cães.
Jeff era tutor de oito cães da raça, todos com nome de ídolos da MPB. Foi a partir da localização dos animais, que possuíam microchips, que a ONG Indefesos começou a investigar quem seria o responsável por eles.
Cinco dos oito cachorros foram localizados em diversos bairros e adotados por criadores de setters do Rio. Dois deles morreram, e um continua desaparecido.
Prisão
O produtor Bruno Rodrigues, que estava foragido, foi localizado em um hostel na comunidade do Vidigal, na zona sul do Rio, nesta quinta-feira (15).
Bruno não resistiu à prisão, mas precisou ser algemado por conta das suspeitas de tentativa de fuga, segundo o comandante da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) que participou da operação.
O dono da hospedagem informou que o produtor se apresentou com nome falso e não mostrou documentos, sob a alegação de que havia sido roubado.
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O suspeito foi levado diretamente à Cidade da Polícia, no Jacarezinho, na zona norte do Rio, onde permaneceu em silêncio. A defesa voltou a dizer que Bruno acusa outra pessoa pelo crime.
Ao saber da prisão, a mãe de Jeff Machado afirmou estar aliviada. Ela ainda chamou o suspeito de "assassino frio e sanguinário”.
O ator Jeff Machado desapareceu em janeiro deste ano. Quatro meses depois, o corpo dele foi achado dentro de um baú, enterrado em uma casa em Campo Grande, na zona oeste do Rio, que havia sido alugada pelo próprio Bruno.
A defesa do produtor admitiu que ele participou da ocultação de cadáver, mas negou o envolvimento dele na morte.