Caso João Pedro: Witzel diz que ação que terminou em morte era da PF
Governador do RJ alegou que a Polícia Civil deu apoio à operação, no Complexo do Salgueiro, e não comentou a responsabilidade do Estado
Rio de Janeiro|Do R7
O governador Wilson Witzel disse, nesta terça-feira (19), que a operação policial que terminou com a morte do menino João Pedro Mattos Pinto, de 14 anos, se tratou de uma ação da Polícia Federal, apesar de ter contado com o apoio da Polícia Civil.
Em entrevista coletiva, na qual apresentou o novo secretário de Saúde, Witzel se solidarizou com a família da vítima, mas não comentou a responsabilidade do Estado na ação.
Ao falar sobre o caso, o governador criticou "o aparelhamento ideológico da instituição", com sinais de interferência política, e pediu que os delegados lutem para fazer o trabalho de combate do tráfico de armas, drogas e lavagem de dinheiro nas fronteiras.
"Não é combatendo dentro das favelas, gerando mais guerra, que vamos resolver o problema do tráfico". E acrescentou: "Se não tiver nem arma, nem droga aqui dentro, certamente, vai reduzir muito o nosso trabalho e vamos parar de enxugar gelo", declarou.
Depois que o adolescente foi levado pelos agentes, a família ficou por horas sem informações sobre o paradeiro dele, conseguindo somente localizar o corpo do jovem no IML (Instituto Médico Legal) de São Gonçalo.
A Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí investiga o caso. De acordo com as autoridades, a ação visava a cumprir dois mandados de busca e apreensão contra lideranças de uma facção criminosa.
A Polícia Federal disse que acompanhará e prestará todas as informações e apoio necessário à elucidação dos fatos.