Caso Marielle: réu é ouvido em processo sobre posse ilegal de arma
Sobre munições de fuzil achadas em carro, Élcio de Queiroz afirmou que levaria material para delegacia após encontrá-lo em canteiro
Rio de Janeiro|Ludmila Gomes, do R7*
A Justiça do Rio interrogou nesta quinta-feira (12) o ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz, um dos acusados de participação nas mortes da ex-vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, no processo sobre relacionado ao crime de posse ilegal de arma de fogo de uso restrito.
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Com Élcio foram apreendidas duas pistolas e mais de 100 munições pela Polícia Civil. Em defesa, ele afirmou que as armas e munições foram compradas na época em que ele era policial, com intuito de garantir a segurança da família, segundo informações do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro).
Sobre as oito munições de fuzil encontradas embaladas dentro do carro dele, o ex-policial disse que as teria encontrado na noite anterior à prisão, em um canteiro em frente a casa onde morava, e que teria guardado o material para entregá-lo em alguma delegacia no dia seguinte.
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A versão, no entanto, difere da que consta na denúncia, na qual policiais afirmam que, no momento do flagrante, Élcio teria dito que as munições pertenciam a ele.
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No dia em que foi preso, em março de 2019, o ex-policial estava saindo da residência de madrugada, quando foi abordado por policiais civis e dois promotores de Justiça. Ele afirmou que fazia monitoramento de caminhões de carga para uma transportadora e começava a trabalhar às 5h.
Na ocasião, agentes foram até a casa de Élcio com um mandado de busca e apreensão relativo ao processo que apura a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
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Além do réu, foram ouvidos o delegado da Delegacia de Homicídios da Barra da Tijuca que elaborou o auto de flagrante e a oficial de cartório que tomou o depoimento dos policiais envolvidos na prisão.
*Estagiária do R7 sob supervisão de Bruna Oliveira