"Cenário de desastre", diz bombeiro sobre resgate de maquinista
Capitão Rodrigo Barbosa explicou dificuldade do trabalho que durou sete horas para retirar condutor das ferragens após acidente de trem
Rio de Janeiro|Bruna Oliveira, do R7
O capitão do Corpo de Bombeiros Rodrigo Barbosa disse que encontrou um "cenário de desastre" durante o resgate do maquinista Rodrigo Assumpção, de 40 anos, única vítima fatal do acidente entre dois trens na estação de São Cristóvão, zona norte do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (27).
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Apesar dos esforços, o condutor sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu antes de ser levado ao hospital. Barbosa lamentou o desfecho trágico e contou que a vítima estava conversando com os militares no momento do socorro.
"Desde o primeiro momento que a gente chegou, ele estava responsivo. A todo o momento, a gente tentava alertá-lo e falar com ele para manter a responsividade dele, o que também nos dava muito fôlego de continuar trabalhando".
O maquinista ficou preso às ferragens e foi retirado do local após sete horas de trabalho minucioso dos militares, que envolveu diversas ferramentas para cortar pedaços da composição, além de riscos para os próprios bombeiros em razão de peças estarem soltas.
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"Qualquer movimento com as próprias ferragens tinha que ser bem avaliado. Conseguimos romper a ferragem que era bem dura e trabalhar a parte de saúde dele", explicou o capitão do Corpo de Bombeiros.
O militar, que também participou dos trabalhos em Brumadinho (MG), onde uma queda de barreira da mineradora Vale deixou centenas de vítimas, contou que a operação no Rio teve a participação de 70 militares de oito quartéis.
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