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Chuva alaga cemitério e corpos são arrastados por enxurrada no RJ

Ossos ficaram espalhados por ruas de Duque de Caxias; Em Belford Roxo, também na Baixada Fluminense, unidade do Degase ficou alagada

Rio de Janeiro|Jaqueline Suarez, do R7

Força da água derrubou muro de cemitério em Duque de Caxias
Força da água derrubou muro de cemitério em Duque de Caxias Força da água derrubou muro de cemitério em Duque de Caxias

A chuva que atingiu a cidade do Rio, na noite desta terça-feira (27), provocou estragos também na Baixada Fluminense. Em Belford Roxo, uma unidade do Degase (Departamento Geral de Ações Socioeducativas) foi inundada. Já em Duque de Caxias, um cemitério alagou e corpos foram arrastados pela enxurrada.

Foram dezenas de ossadas e corpos arrastados pela água até as ruas do entorno do cemitério Nossa Senhora das Graças, no bairro Parque Beira Mar, em Caxias. O local ficou inundado e a força da água chegou a derrubar um muro. 

Nível da água subiu e derrubou muro de cemitério
Nível da água subiu e derrubou muro de cemitério Nível da água subiu e derrubou muro de cemitério

Apesar da forte chuva, a inundação no local foi causada pela falta de sistema de drenagem. O problema foi constatado pela Polícia Civil durante perícia realizada na manhã desta quarta-feira (28). A empresa que administra o cemitério também foi multada em R$ 1,6 milhão por descumprimento de cláusulas contratuais.

Por telefone, o prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis (MDB), lamentou o ocorrido e disse que irá recorrer à Justiça para as sanções legais.

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— A gente lamenta muito essa covardia, esse monopólio existente explorando a nossa população. Uma exploração macabra. Eu denunciei essa empresa no dia da minha posse, por mim, não ficariam nem mais um minuto — garantiu Reis.

A empresa responsável pelo cemitério Nossa Senhora das Graças, administra ainda os outros quatro que existem no município. Ano passado, a concessionária já havia sido denunciada pela prefeitura por crimes ambientais e violação de sepulturas. Atualmente, um mandado judicial garante a continuidade das operações.

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O R7 procurou a empresa responsável pela administração dos cemitérios de Caxias, porém não conseguiu localizar nenhum responsável. A Polícia Civil, após a perícia, deu o prazo de 30 dias para que obras de reconstrução do muro e de drenagem sejam concluídas, estando a empresa sujeita às penalidades legais.

Degase alagado

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Salas do Degase foram inundadas em Belford Roxo
Salas do Degase foram inundadas em Belford Roxo Salas do Degase foram inundadas em Belford Roxo

Também na Baixada Fluminense, a unidade do Degase localizada no bairro Bom Pastor, em Belford Roxo, foi invadida pela água. Imagens e vídeos feitos por agentes de segurança mostram salas e corredores inundados. A denúncia foi feita pelo Sindicato dos funcionários do Degase.

A unidade, que tem capacidade para 120 internos, abriga atualmente 285. Além da superlotação, o sindicato denuncia também a falta de sistema de drenagem no local e afirma que a falta de estrutura coloca em risco a saúde e a vida dos agentes e menores abrigados.

“Além do risco elevado de contraírem doenças como leptospirose e Hepatite A, até mesmo o trabalho de ronda noturno fica prejudicado ou impossibilitado, uma vez que se torna impossível acessar diversos corredores e pontos da unidade. Com isso, aumentam ainda mais as chances de crimes no interior do local”, destacou em nota.

O R7 procurou o Governo do Estado, responsável pela administração das unidades do Degase, porém não obteve retorno até esta publicação.

*Sob supervisão de PH Rosa

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