A Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciou o coronel reformado da Polícia Militar Pedro Chevarry Duarte pelo crime de subtração de incapaz em nova investigação. Após a prisão em flagrante do coronel em setembro passado pelo crime de estupro de vulnerável praticado contra uma criança de dois anos, encontrada nua no carro do suspeito, outra mãe procurou a DCAV (Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima) e fez mais uma denúncia. A moradora de uma comunidade da zona norte contou à polícia que conheceu o coronel em um abrigo em 2009. Segundo a polícia, Chevarry teria batizado a filha mais velha da denunciante e levado outras crianças para passear, sendo que um dos bebês não foi mais visto desde então. Segundo investigações da DCAV, o coronel teria entregue o bebê a outra mulher. A mãe sabia apenas o primeiro nome e a empresa onde a suspeita trabalhava na época — a polícia fez pesquisas junto ao Ministério do Trabalho, hospitais da região e redes sociais, além de diligências em diversos locais. Na semana passada, a criança, que hoje tem sete anos, foi encontrada. O casal que a registrou confirmou que a recebeu do coronel reformado. Com base nas provas reunidas, a delegada Cristiana Bento indiciou Pedro Chevarry por subtração de incapaz, assim como o casal que registrou o bebê. A guarda da criança será decidida pela Justiça. Segundo a polícia, esta não teria sido a única criança levada por Chevarry. A mãe contou aos policiais que outro filho também teria sido levado pelo coronel, fato ocorrido há três anos, mas conseguiu ser localizado pela própria mãe, um ano e meio depois, na comunidade Uga uga, em Bonsucesso. No mês passado, duas mulheres afirmaram em depoimento à Polícia Civil do Rio de Janeiro que tiveram a irmã levada pelo coronel da PM. De acordo com os relatos, Chavarry Duarte é responsável pelo desaparecimento do bebê em 1993. À época, a mãe da menina de nove meses, procurou pela filha sem parar, mas morreu sem reencontrar a menina. Segundo a delegada titular da DCAV, Cristiana Bento, as duas irmãs afirmaram que frequentaram a casa onde ficavam várias crianças e que o coronel passeava sem roupa entre elas. Apesar de serem bem novas na ocasião, elas alegam que têm flashes de memórias com Chavarry nu e que essas imagens nunca foram esquecidas.
