Familiares, amigos e colegas de farda se despedem do sargento do Bope (Batalhão de Operações Especiais) Rafael Wolfgramm Dias, de 37 anos, baleado durante uma operação no Complexo da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro. O corpo será enterrado na tarde desta terça-feira (18), no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na zona oeste, após ser velado na Câmara Municipal de Itaguaí.O agente morreu no último domingo (16), depois de ficar internado por cinco dias, em estado grave, no Hospital Federal de Bonsucesso. Ele foi atingido por, ao menos, cinco tiros e sofreu perfurações no baço, intestino e nos rins.Ao longo da semana passada, parentes chegaram a fazer uma campanha de doação de sangue. No entanto, o quadro de saúde do PM piorou. Rafael deixa a esposa e um filho, de 8 anos.Rafael passou a infância em Itaguaí, na Baixada Fluminense, e faria aniversário nesta quarta-feira (19). Segundo pessoas próximas, ele era querido e conhecido por ajudar o próximo.Ao Balanço Geral RJ, um amigo revelou que ser um agente do Bope era um sonho de infância do sargento. Ao entrar para a corporação, o policial se inscreveu para o curso de formação na primeira oportunidade.“Ele falava que quando o ideal era maior que a vida, valia a pena dar a vida por esse ideal. Ele morreu defendendo a população e fazendo o que gostava. O filho dele vai lembrar sempre do pai como um herói”, contou o amigo.Ele foi baleado na mesma operação em que o sargento do Bope Jorge Henrique Galdino Cruz morreu. A Polícia Civil identificou dois suspeitos de participação no crime, mas, até o momento, ninguém foi preso.