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Crivella diz pensar em "retomada" ao abrir hospital do Riocentro

Unidade inaugurou nesta sexta-feira (1º), na zona oeste do Rio de Janeiro, com 100 dos 500 leitos para atendimento de pacientes com covid-19

Rio de Janeiro|Bruna Oliveira, do R7

Leitos vão receber equipamentos comprados na China
Leitos vão receber equipamentos comprados na China

O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, inaugurou o Hospital de Campanha do Riocentro, na zona oeste do Rio de Janeiro, para tratamento de pacientes com covid-19, nesta sexta-feira (1º), com 100 leitos - 80 de enfermaria e 20 de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo). No entanto, a expectativa é a de que a unidade funcione com 100% da capacidade - 400 leitos de enfermaria e 100 de UTI - na próxima semana com a chegada de 160 toneladas de equipamentos da China.

Ao lado da secretária Municipal de Saúde, Beatriz Busch, Crivella afirmou que o planejamento é, até meados de maio, ampliar a capacidade da rede municipal de saúde para 900 leitos de UTI para o atendimento de infectados pelo novo coronavírus.

Crivella planeja oferecer 900 leitos de UTI em toda a rede até meados de maio
Crivella planeja oferecer 900 leitos de UTI em toda a rede até meados de maio

Em entrevista coletiva, o prefeito disse acreditar que, com essa estrutura, o município do Rio estará pronto para enfrentar a pandemia:

"Hoje, estamos pensando na retomada, e não no agravamento da crise. Com as medidas [isolamento social], equipamentos e médicos, temos certeza de que as curvas [de casos e mortes pelo novo coronavírus] vão cair e voltaremos às atividades", disse o prefeito, que adiantou ter uma reunião no fim de semana com os setores da indústria e do comércio para discutir um plano de retomada.


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Sobre o quadro de profissionais de saúde no hospital do Riocentro, o prefeito explicou que os cargos de técnicos e enfermeiros já foram preenchidos. No entanto, ainda restam cerca de 200 vagas das 400 disponibilizadas para médicos.

"Estamos aqui com anúncios em todas as redes, inclusive no Exército, Marinha e Aeronáutica, pedindo para os profissionais fazerem turno de 12 horas por semana. Nós pagamos R$ 6.400. Aqueles que puderem fazer 40 horas semanais, ou seja, oito horas por dia, o salário é de R$ 21 mil. Aqueles que vieram de fora vão poder se hospedar no Hilton, um dos melhores hotéis do Brasil, e vão ficar aqui pertinho. Temos 200 médicos, mas a Bia [secretária de Saúde] acha que vamos precisar de 400. Mas ainda temos uma semana para colocar o hospital em pleno funcionamento", concluiu Marcelo Crivella.


Hospital de campanha será o maior do Estado

Com 16,5 mil metros quadrados de pavilhão e 13 mil metros quadrados de área construída, o hospital de campanha da Prefeitura será o maior do Estado. Somente de jogos de roupa de cama para os leitos, serão dois mil kits. Para uso dos profissionais, 2,7 mil pijamas cirúrgicos e 500 mil capotes descartáveis, quantidade estimada para uso por um período de seis meses de atividade, tempo que se calcula necessário para o enfrentamento da pandemia no Brasil.


Doações de empresas

A prefeitura investiu R$ 10 milhões na implantação do hospital de campanha, que custará por mês R$ 25 milhões, entre custeio e folha de pagamento dos profissionais. O custo foi reduzido devido às doações recebidas de diversas empresas.

Visitas virtuais

Para humanizar e diminuir a separação entre familiares e pessoas internadas com covid-19, a Prefeitura do Rio vai usar a tecnologia no hospital de campanha. Por meio de tablets, o hospital de campanha do Riocentro encurtará essa distância, provocada pelo isolamento, com videochamadas. A visita virtual será mais uma aliada no tratamento desses pacientes com o novo coronavírus.

Cada paciente poderá interagir com parente e amigos por até 10 minutos. Os internados em UTI poderão utilizar também o sistema, mas dependerá de autorização médica, que vai avaliar caso a caso.

O secretário de Infraestrutura, Habitação e Conservação, Sebastião Bruno, responsável pelas obras, ressaltou que toda a rede de informática do hospital de campanha está 100% instalada. Noventa câmeras estão espalhadas estrategicamente, com rede de wi-fi e banda larga, para monitorar os leitos. Os equipamentos possibilitarão que médicos e enfermeiros, de onde estiverem, acompanhem os pacientes, até por meio de smartphones. Os profissionais poderão ainda fazer videoconferências entre eles, por exemplo.

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