Defensoria diz que família de João Pedro vai depor ao MP-RJ
Polícia Civil esperava ouvir os pais do menino nesta quinta (28), mas a defesa orientou que eles falem com um órgão que não esteja envolvido na operação
Rio de Janeiro|Vinícius Andrade, do R7*
A família do menino João Pedro, morto durante uma operação das policias Civil e Federal, no último dia 18, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio, vai prestar depoimento por videoconferência ao MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) na próxima semana.
A DHNSG (Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo), responsável pela investigação, esperava ouvir os pais dos meninos nesta quinta-feira (28). No entanto, a Defensoria Pública, que representa a família, orientou que eles falassem diretamente com o Ministério Público, que é destinatário final do inquérito.
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Em nota, a Defensoria destacou que a medida tem base a sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos. A decisão diz que, em casos de investigação de mortes com suspeita de intervenção policial, a apuração deve ser delegada a um órgão independente e diferente da força pública envolvida no incidente.
Além do inquérito sobre a morte do menino conduzido pelo Polícia Civil, a Corregedoria da instituição apura, em paralelo, a conduta dos agentes na operação policial.
Na última sexta-feira (22), três agentes da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais) envolvidos na ação foram afastados do serviço operacional.
Uma reprodução simulada está prevista para ser realizada depois da fase dos depoimentos e dos laudos periciais.
A PF (Polícia Federal) também recebeu um ofício para prestar informações sobre o planejamento e objetivos da operação, já que a ação foi coordenada pela instituição. A Corregedoria da PF também instaurou um procedimento para apurar a conduta dos agentes no caso.
*Estagiário do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira