Dois suspeitos de envolvimento na morte de advogado, no Rio, foram nomeados para cargo na Alerj
Homem identificado como Eduardo, que está foragido, foi nomeado para o cargo de César, já preso, três dias após o crime
Rio de Janeiro|Bernardo Pinho*, do R7, com Anabel Reis, da Record Rio
Dois homens investigados pela morte do advogado Rodrigo Marinho Crespo, no centro do Rio de Janeiro, já foram nomeados para cargos na Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro).
A Polícia Civil prendeu um deles na manhã desta terça-feira (5), enquanto o segundo segue foragido. Os dois são suspeitos de monitorar os últimos passos da vítima.
De acordo com informações da RECORD, o suspeito identificado como César, que já está preso, foi nomeado em 2019, para um cargo comissionado no Departamento de Patrimônio.
Já Eduardo, que ainda é procurado, foi indicado para o lugar dele, três dias após o crime. O salário de R$ 6 mil, inicialmente, passou para R$ 2.000.
Procurada pela RECORD, a Alerj declarou que a nomeação mais recente foi considerada sem efeito. A medida, no entanto, não interfere na situação de César, que permanece exonerado — o que significa que o cargo está vago.
O R7 não conseguiu contato com a defesa dos citados na matéria. O espaço está aberto para manifestação.
Pm envolvido no homicídio se entregou à polícia
O policial militar Leandro Machado, suspeito de envolvimento na morte de Rodrigo Marinho Crespo, se entregou à polícia na manhã desta terça-feira (5).
Segundo as investigações da Delegacia de Homicídios da Capital, Leandro ficou responsável pela logística do ataque que matou o advogado.
De acordo com a polícia, ele utilizou uma locadora de veículos, na zona oeste, para conseguir os carros que tiveram as placas clonadas para serem usados no assassinato.
O PM já estava afastado do serviço nas ruas, por ser investigado por supostas relações com uma organização criminosa, em 2021.
Ele já era alvo de uma apuração na Corregedoria e pode acabar expulso da corporação.
Advogado foi vítima de grupo de extermínio
A investigação policial revelou que o advogado Rodrigo Crespo foi alvo de um grupo de extermínio que atua no Rio de Janeiro. Ele levou 18 tiros quando saía do escritório onde trabalhava.
A motivação do assassinato ainda não foi esclarecida, mas, a princípio, não estaria ligada à atividade que a vítima exercia, segundo o secretário de Polícia Civil, Marcus Amim.
Dois homens foram presos, e outro ainda é procurado pela Polícia Civil por participação no crime, no centro do Rio, no último dia 26.
Outro citado na investigação é Vinícius Drumond, filho do contraventor Luizinho Drumond. Ele é suspeito de ter ligação com os envolvidos no caso e teria ligado para funcionários da locadora de carros durante os depoimentos.
A polícia chegou a pedir à Justiça para fazer buscas em endereços dele, o que foi negado. A defesa de Vinícius negou que o cliente tenha envolvimento com o crime e disse que ele não conhece o PM preso por participação no assassinato.
*Sob supervisão de Bruna Oliveira