Dois suspeitos de participar de agressão a idoso em Copacabana são detidos pela polícia
Marcelo Benchimol, de 67 anos, levou um soco e caiu desacordado ao tentar defender uma mulher que estava sendo assaltada
Rio de Janeiro|Bernardo Pinho*, do R7
Um homem foi preso e um menor apreendido por suspeita de participação na agressão a um idoso em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (7).
Durante a abordagem policial, moradores reconheceram a dupla como participante de roubos no bairro, e houve confusão.
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Eles foram encontrados na avenida Nossa Senhora de Copacabana, mesmo local onde o crime ocorreu, no domingo (3).
Marcelo Rubim Benchimol, de 67 anos, levou um soco e caiu desacordado ao tentar defender uma mulher que estava sendo assaltada. Ele ainda teve seus pertences roubados.
Homem que deu soco em idoso já foi identificado
O homem que aparece nas imagens ao golpear o idoso também foi identificado pela polícia. Ele tem 22 anos e possui nove anotações criminais por roubo, furto e tráfico de drogas.
Segundo a delegada Raíssa Celles, da 13ª DP (Ipanema), o suspeito teve sua detenção solicitada à Justiça. Ele já foi preso duas vezes desde que completou 18 anos.
Em nota, a Secretaria de Estado de Segurança Pública informou que os agentes ainda buscam identificar os outros envolvidos para concluir o inquérito.
Violência em Copacabana
O caso de Marcelo não foi o único registrado nas últimas semanas. Novas imagens de câmeras de segurança mostraram cerca de 30 jovens realizando arrastões no domingo (3), entre a praia do Arpoador e a de Copacabana. Nas filmagens, é possível ver que pelo menos três mulheres tiveram seus pertences roubados pelos assaltantes.
Segundo dados do ISP (instituto de Segurança Pública), de janeiro a outubro deste ano, o número de furtos em Copacabana chegou a quase 5.000, um aumento de 23% em relação ao mesmo período do ano passado. O número de roubos cresceu 25% quando comparado a 2022.
Investigação sobre 'justiceiros'
Os episódios de assalto e arrastão na saída da praia de Copacabana, na zona sul do Rio, motivaram alguns moradores a criar um grupo para combater os ladrões com as próprias mãos, como em 2015.
Em vídeos, eles prometeram acabar com a violência que tomou conta do bairro nas últimas semanas. Os "justiceiros" combinaram as ações em grupos do WhatsApp e percorreram as ruas vestidos de preto.
Em coletiva, a delegada Raíssa Celles afirmou que a polícia monitora essas imagens divulgadas, e dois boletins de ocorrência já foram registrados na 12ª DP (Copacabana) e na 13ª DP (Ipanema).
"Como falou bem o nosso secretário [de Segurança Pública, Victor Santos], ontem, esses crimes não serão tolerados. Porque vivemos em um país onde a legalidade impera. Existem as leis, as polícias Civil e Militar, o MP, o Judiciário, que são as instituições que devem agir quando esses crimes acontecem. A população precisa confiar nessas instituições", declarou a delegada.
* Sob supervisão de Bruna Oliveira