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"Dor e raiva aumentam a cada dia", diz irmã de policial morto por militares durante enterro no Rio 

Perito caiu em emboscada ao tentar recuperar materiais de construção roubados e vendidos a ferro-velho clandestino

Rio de Janeiro|Márcio Mendes, do R7*, com Felipe Batista, da Record TV Rio

Corpo de policial morto por militares foi enterrado
Corpo de policial morto por militares foi enterrado Corpo de policial morto por militares foi enterrado

O corpo do perito Renato Couto de Mendonça, de 41 anos, morto por militares da Marinha, foi enterrado no cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na zona oeste do Rio, nesta terça-feira (17).

Parentes e amigos participaram da cerimônia. Abalada, a mãe da vítima chegou a passar mal. Um helicóptero da Polícia Civil sobrevoou o local.

Ainda muito emocionada, a irmã de Renato falou sobre o vídeo que flagrou o irmão sendo colocado dentro da van da Marinha, antes de ter sido jogado no rio Guandu.

"A dor e a raiva aumentam a cada dia. Agora de manhã, vimos o vídeo dos caras que pegaram ele. O que me conforta é saber que meu irmão lutou, porque ele não era um covarde como os caras que fizeram isso. No vídeo, conseguimos ver que tem mais pessoas. E, agora, queremos lutar para que essas pessoas sejam presas e responsabilizadas. Eles não estavam pegando bandido. Eles pegaram um homem honesto, trabalhador, um pai que tem uma família que vai amá-lo para sempre", disse Débora Couto. 

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Na última sexta-feira (13), o perito caiu em uma emboscada após tentar recuperar materiais roubados de uma obra dele e vendidos a um ferro-velho clandestino, que pertencia a Lourival Ferreira de Lima.

Segundo as investigações, Renato Couto de Mendonça foi baleado e colocado dentro de uma van da Marinha por três militares, sendo que um deles é filho e sócio de Lourival.

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O policial civil foi jogado no rio Guandu ainda com vida, na altura do Arco Metropolitano. O corpo dele foi encontrado na segunda (16).

O laudo do IML (Instituto Médico Legal) apontou que Renato morreu em decorrência de asfixia por afogamento. O exame também apontou que o agente sofreu ferimentos causados por arma de fogo.

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Os quatro envolvidos no crime tiveram a prisão convertida em preventiva durante a audiência de custódia. A Marinha do Brasil também informou que abriu um inquérito policial militar para apurar o caso.

Nesta terça (17), a Secretaria Municipal de Ordem Pública e a Polícia Civil confirmaram que vão demolir o ferro-velhona Praça da Bandeira, região central. O estabelecimento já havia sido fechado em 25 de janeiro deste ano por funcionar sem autorização de órgãos municipais.

*Estagiário do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira

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