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Engenheiro acusado de matar e enterrar esposa pediu para dormir na casa da sogra após o crime

Jessé de Souza foi preso após a polícia identificar incoerências em depoimentos. Segundo delegado, ele ainda riu na delegacia

Rio de Janeiro|Márcio Mendes*, do R7, com Felipe Batista, da Record TV Rio

Professora Ana Júlia Alvarenga foi morta e enterrada pelo marido dentro de casa
Professora Ana Júlia Alvarenga foi morta e enterrada pelo marido dentro de casa Professora Ana Júlia Alvarenga foi morta e enterrada pelo marido dentro de casa

Acusado de matar a esposa e enterrar o corpo dela dentro de casa, no bairro Corumbá, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, o engenheiro Jessé de Souza Cunha fingiu não ter envolvimento algum com o crime antes de ser preso pela polícia.

Muito abalada, a mãe de Ana Júlia contou que Jessé esteve o tempo todo com a família durante as investigações do suposto sumiço da vítima, e que, embora a desconfiança de outros familiares tivesse recaído sobre o genro, ela "não queria acreditar". 

Priscila Mathias afirmou ainda que o acusado do assassinato da filha chegou a ligar, "como se nada estivesse acontecendo", para perguntar se ela sabia do paradeiro da jovem. 

"Não tenho mais confiança no ser humano. Esse homem pediu para dormir na minha casa, e a minha filha já estava enterrada. Está sendo muito difícil", disse ela, em entrevista ao Balanço Geral RJ.

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Perfil calado

A mãe da vítima contou que o genro era muito calado nas reuniões de família e que, quando precisava falar com Ana Júlia, chamava a esposa em um canto isolado para que tivessem uma conversa ao pé do ouvido.

"Ele é uma pessoa muito reservada. Todos os momentos em que esteve com a gente não era de muitas palavras. Tudo o que ele ia falar com ela, falava em um canto, ao pé do ouvido. Ali, ela já mudava de expressão", contou Priscila.

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Investigação

O delegado Willian Batista, da 58ª DP (Posse), responsável pelas investigações, afirmou que o engenheiro chegou a ir até a delegacia para comunicar o desaparecimento da esposa, acompanhado do pai da vítima, e que, em determinado momento, começou a rir.

"Eu questionava: 'A mulher que você ama está desaparecida desde ontem, está esquisito, você está rindo'. E ele dizia: 'Meu comportamento é assim mesmo, é o meu jeito. Estou nervoso'. Mas um comportamento incompatível com o de alguém que estava com um ente querido desaparecido", disse o delegado. 

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Jessé foi preso após a polícia identificar incoerências durante os depoimentos. Ele vai responder por feminicídio e ocultação de cadáver e será encaminhado ao sistema prisional.

O corpo de Ana Júlia foi encontrado enterrado na residência do casal pelos agentes da DHBF (Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense).

*Estagiário do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira

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