Portador de Síndrome de West, Brian Rodrigues Santos de Lima, de um ano, precisou ter a perna direita amputada após passar por cirurgias e tratamentos em três hospitais no Rio de Janeiro. A família acusa profissionais do Hospital Regional do Médio Paraíba, em Volta Redonda, no sul do Estado, de erro médico.
No início de agosto, o bebê deu entrada no Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, com sintomas de pneumonia, mas precisou ser transferido para Volta Redonda, onde passou por cirurgias na traqueia e no aparelho digestivo.
Leia também
Depois dos procedimentos cirúgicos, a médica colocou uma agulha intraóssea na perna do bebê para facilitar a manipulação de soro e medicamentos. A partir daí, o quadro de saúde de Brian se agravou.
Pelo menos 700 mil pessoas são vítimas de erros médicos por ano no Brasil
“Quando eu retornei pro hospital, a médica me chamou e começou dizendo que os batimentos do Brian estavam muito fracos e, por não conseguir pegar o acesso normal nele, teve que fazer esse procedimento intraósseo e pediu pra eu entrar em contato com a família para eles irem para o hospital, porque meu filho não ia passar daquela noite”, contou a mãe do bebê, Samantha Lima Rodrigues.
A perna direita da criança começou a escurecer e, nos dias seguintes, a circulação de sangue e a movimentação ficaram comprometidas.
Na última quinta-feira (8) o bebê foi transferido em estado grave para o Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, onde os médicos avaliaram que seria preciso fazer uma cirurgia de amputação da perna direita para evitar que o quadro de infecção generalizada se agravasse.
O procedimento foi feito na noite de segunda-feira (12) e Brian continua internado em estado grave no CTI (Centro de Terapia Intensiva) do hospital.
A mãe, que acabou de dar a luz à segunda filha, pretende processar Hospital Regional do Médio Paraíba. "Esse caso não pode ficar assim. Agora as coisas vão ficar bem complicadas, porque meu filho não tem mais uma perninha", disse Samantha.
A Secretaria de Estado de Saúde informou que vai abrir uma sindicância para apurar se houve falha médica no caso.
*Estagiária do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira