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Famílias protestam contra prisão de 159 suspeitos de integrar milícia 

Parentes e amigos alegaram que, diferente da versão apresentada pela polícia, houve venda de ingressos para a festa que ocorreu em Santa Cruz

Rio de Janeiro|Mariana Pepe, do R7*, com Record TV Rio

Familiares afirmaram que alguns presos são inocentes
Familiares afirmaram que alguns presos são inocentes

Familiares e amigos dos 159 presos por suspeita de envolvimento com uma milícia da zona oeste do Rio de Janeiro fizeram uma vigília em frente ao TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro), na região central da capital, na madrugada desta quarta-feira (11).

Depois de cerca de 15 horas de audiência pelo sistema de videoconferência, a Justiça manteve a prisão preventiva dos suspeitos capturados em um sítio em Santa Cruz, também na zona oeste. Todos os custodiados, de acordo com o TJ-RJ, foram representados por advogados ou pela Defensoria Pública.

Após a decisão, parentes dos detidos se manifestaram contra as prisões. Segundo eles, muitos não tinham envolvimento com o grupo paramilitar. Além disso, informaram que no momento das abordagens, no último sábado (7), os agentes agrediram quem estava no local.

Os familiares também alegaram que, diferente da versão apresentada pela Polícia Civil, houve venda de ingressos para a festa que ocorreu no sítio pelo valor de R$ 10. 


O especialista em Direito Penal, James Walker, se mostrou surpreso com a determinação da Justiça, já que, segundo ele, a festa ter sido divulgada abertamente e contando com a presença de grupos de pagode famosos pode ter atraído pessoas sem ligação com o crime.

— Se nós víssemos o folder da festa, o letreiro daquela festa, parecia uma festa normal como outra qualquer onde um grupo de pagode famoso iria se apresentar. Então, o cidadão comum não era obrigado a saber que aquilo envolvia milícia ou qualquer tipo de criminalidade. 


No protesto, parentes dos custodiados apresentaram carteiras de trabalho assinadas como prova de que muitos que estavam na festa em Santa Cruz eram trabalhadores e só estavam no local para se divertir. 

Durante a operação contra milicianos no sítio, foram apreendidas 24 armas (fuzis, pistolas e revólveres), granadas, 76 carregadores e 1.265 munições, além de onze carros roubados.


Em nota, a Polícia Civil informou que "há indícios claros e suficientes de associação com a milícia de todos os presos em flagrante na festa em celebração ao grupo criminoso. O relatório do inquérito será entregue na segunda-feira (16) à Justiça".

Assista ao vídeo:

*Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa

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