'Foi executado por cobrar direitos', diz entidade sobre Moïse
Ativistas pedem rigor nas investigações do assassinato em frente à delegacia, que aguarda depoimento de dono do quiosque
Rio de Janeiro|Rafaela Oliveira, do R7*, com Record TV Rio
Entidades que lutam contra o racismo se reúnem, nesta terça-feira (1º), na porta da Delegacia de Homicídios da Capital fluminense, na Barra da Tijuca. Os ativistas cobram rigor nas investigações sobre o assassinato de congolês Moïse Kabamgabe, de 24 anos, espancado até a morte na semana passada.
"Um trabalhador foi executado por lutar pelos seus direitos", afirmou Cláudia Vitalino, presidente estadual da Unegro (União de Negras e Negros pela Igualdade), em entrevista à Record TV Rio. "Se fosse um homem branco, se fosse ao contrário, ele [Moïse] já estaria preso", completou.
O dono do quiosque onde o jovem foi assassinado deve ser ouvido hoje, na especializada. Após a família da vítima se reunir com representantes da Comissão dos Direitos Humanos, a OAB cobra que o gerente e os seguranças do estabelecimento onde o crime aconteceu sejam identificados.
A Unegro, junto com a Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), UEE (União Estadual dos Estudantes do Rio de Janeiro) e demais organizações sociais, organiza um protesto em frente ao quiosque, na altura do posto 8, às 10h de sábado (5). O dia do fim de semana foi escolhido porque, segundo Vitalino, "o povo tem que trabalhar".
*Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa