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Fuzis apreendidos no Rio revelam ‘rota da arma’ da Amazônia e falsificação de arsenal estrangeiro

Polícia calcula um prejuízo de R$ 12,8 milhões para o Comando Vermelho após megaoperação recolher 120 armas

Rio de Janeiro|Do R7

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Armas apreendidas estavam nas mãos de criminosos do Comando Vermelho CARLOS SANTTOS/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO/01.11.2025

Em uma análise preliminar dos 93 fuzis apreendidos na megaoperação contra o Comando Vermelho no Rio de Janeiro, a Polícia Civil identificou armas falsificadas e até desviadas de Forças Armadas estrangeiras que estavam nas mãos de criminosos.

O delegado Vinicius Domingos, coordenador da CFAE (Coordenadoria de Fiscalização em Armas e Explosivos), afirmou que dois fuzis são de instituição militar venezuelana. Além deles, foram achados um da Argentina e outro do Peru.


Para o coordenador da CFAE, os dados obtidos até o momento confirmam os indícios de entrada de armas pela fronteira na Amazônia e chegada até o Rio por meio de rotas terrestres.

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Vinicius Domingos explicou que os fuzis recolhidos serão encaminhados para perícia e, depois, passarão por análise minuciosa.


Porém, o resultado da primeira análise já apontou a origem dos armamentos:

  • 11 fuzis de plataforma alemã G3;
  • 13 de plataforma belga FAL;
  • 16 russos AK-47;
  • O restante: plataforma AR-10 e AR-15 americana — sendo a maioria falsificada
Fuzis foram apreendidos durante megaoperação no Rio CARLOS SANTTOS/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO/01.11.2025

Ainda de acordo com Domingos, outra situação chama a atenção: a maioria dos fuzis é montada com peças contrabandeadas ou compradas pela internet.


“A maior parte dos fuzis de plataforma AR, mais de 90%, é ‘copy fake’. São armas com aptidão de tiro, mas que não são originais”, disse em um vídeo publicado pela Polícia Civil do Rio.

A instituição estuda a possibilidade de solicitar à Justiça a incorporação dos armamentos de boa qualidade às forças armadas do Rio de Janeiro.


A megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão, na zona norte da cidade, apreendeu, no total, 120 armas. As autoridades calculam um prejuízo de R$ 12,8 milhões para o crime organizado com o armamento recolhido.

A ação policial mais letal da história do estado deixou 121 mortos, incluindo quatro policiais.

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