Garotinho é condenado por corrupção eleitoral em 2016
Ex-governador teve pena aumentada em 13 anos e 9 meses de prisão por fraude no Cheque Cidadão e vai responder em liberdade
Rio de Janeiro|Ana Beatriz Araújo, do R7*, com Agência Brasil
O TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro) condenou, por unanimidade, o ex-governador Anthony Garotinho por corrupção eleitoral, associação criminosa, supressão de documentos e coação que teriam acontecido nas eleições municipais de 2016. Ele foi investigado na Operação Chequinho.
Com isso, ele teve a pena aumentada em 13 anos, 9 meses e 20 dias de prisão em regime fechado, além de multa de R$ 198 mil. Garotinho também fica inelegível por oito anos, conforme estabelece a Lei da Ficha Limpa.
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No entanto, Garotinho vai responder em liberdade, pois o processo ainda não foi finalizado.
De acordo com o TRE-RJ, o ex-governador comandou o esquema que beneficiou 15 mil eleitores com fraudes no programa social Cheque Cidadão. Ele teria comprado votos com a tranferência de renda a pessoas em situação de vulnerabilidade social para comprar alimentos.
Na ocasião, Garotinho era secretário municipal do governo de Campos dos Goytacazes, na gestão de sua esposa, Rosinha Garotinho.
“O réu foi o líder de uma reedição do antigo coronelismo nesta moderna versão, em que, em vez de cabresto, houve o oferecimento de troca de votos pela inclusão no programa”, afirmou o relator do processo, desembargador eleitoral Paulo César Vieira de Carvalho.
Ainda segundo o TRE-RJ, o esquema teria atingido 15.875 eleitores. Além disso, ele teria interferido nas investigações da Operação Chequinho com coação de pessoas e supressão de documentos oficiais da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social.
Procurada pelo R7, a defesa de Garotinho disse que vai recorrer.
*Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa