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Governo do RJ prevê que nem todos terão acesso a respirador

Secretário Estadual de Saúde, Edmar Santos, acredita que sistema possa colapsar nas próximas semanas por necessidade de quase 30 mil leitos

Rio de Janeiro|Bruna Oliveira, do R7, com Record TV Rio

Secretário calcula que 140 mil possam estar infectadas com coronavírus no Estado
Secretário calcula que 140 mil possam estar infectadas com coronavírus no Estado

O secretário Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Edmar Santos, disse em entrevista à Record TV Rio que, apesar de todos os esforços das autoridades e profissionais de saúde, o número de infectados pelo novo coronavírus no Estado seja até 15 vezes maior do que os dados oficiais, até agora, com a confirmação de 8.869 casos.

Em razão da subnotificação e a menor adesão ao isolamento social por parte da população, medida que foi prorrogada pelo governo estadual nesta quinta-feira (30) até o dia 11 de maio, o secretário calcula que hoje 140 mil pessoas estejam com a covid-19 no Rio.

Com base neste número, Santos prevê que o sistema de saúde possa entrar em colapso nas próximas semanas.

"Infelizmente, apesar de o Rio de Janeiro ter sido o primeiro Estado a se movimentar no sentido do isolamento social, por diversos motivos, nas últimas semanas, vem havendo um afrouxamento por parte da população desse isolamento social. Então, isso fez com que a gente tenha uma base muito grande de infectados, praticamente uns 140 mil no Rio de Janeiro. É a projeção. E aí, é uma questão de matemática, isso vai fazer que nas próximas semanas haja uma demanda de 21 mil leitos de internação, 7 mil leitos de CTI, e é impossível para qualquer país ou Estado ampliar o sistema de saúde para esta capacidade", disse o chefe da pasta.


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Além de não conseguir atender à demanda com equipamentos e leitos, o secretário explicou que há dificuldade também em obter um número suficiente de profissionais de saúde nas unidades. 

"Não é uma falta de planejamento, houve muito empenho do Estado e dos municípios para tentativa de ampliação de leitos. Nós temos até um teto, um limite que é pela existência dos profissionais de saúde, a gente não produz um médico, um fisioterapeuta e um enfermeiro da noite para o dia".


Edmar Santos reforçou o pedido de união entre população e autoridades para minimizar as consequências da pandemia do novo coronavírus no Estado do Rio.

"Infelizmente, teremos que passar por dias difíceis, onde nem todos terão acesso ao respirador. Isso será um trauma para esses profissionais de saúde, deixará cicatrizes na nossa sociedade. A gente precisa de um momento de união para o enfrentamento do novo coronavírus, com apoio da população e de todos os níveis de governo, que façam uma união para que essa segurar a curva de casos e, com isso, minimizar os óbitos. Meu compromisso é promover toda ação que a gente possa evitar mortes", concluiu.

Assista à entrevista: 

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