Homem é preso sob suspeita de recrutar menores para fazerem arrastões na zona sul do Rio
Ele foi encontrado em Mesquita, na Baixada Fluminense, depois de uma investigação conduzida pela 13ª DP (Ipanema)
Rio de Janeiro|Bernardo Pinho*, do R7
Um homem foi preso, na manhã desta quarta-feira (13), sob suspeita de recrutar menores de idade para fazerem arrastões na zona sul do Rio de Janeiro.
Segundo a polícia, “Mv” é o líder do grupo que pratica roubos e furtos na região.
Ele foi encontrado em Mesquita, na Baixada Fluminense, depois de uma investigação conduzida pela 13ª DP (Ipanema).
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Diversos episódios de furtos e roubos foram registrados em bairros da zona sul nas últimas semanas. Alguns moradores chegaram a criar um grupo de "justiceiros" para caçar criminosos nas ruas.
Episódios de violência
Em um dos incidentes, um idoso foi agredido durante uma tentativa de assalto na avenida Nossa Senhora de Copacabana. Marcelo Rubim Benchimol, de 67 anos, caiu, desacordado, após ter sido atingido por um soco.
"Eu me lembro que atravessei a rua e vi uma senhora sendo atacada por alguns rapazes, não sei dizer quantos. Acredito que mais de cinco. Na hora, pensei: 'Corro ou ajudo essa senhora?'. Optei por ajudá-la. E, aí, vieram em cima de mim. Levei alguns socos e me defendi de outros. Mas, em um momento, fui atingido por trás e só me recuperei na UPA", disse, em entrevista à Record Rio.
Imagens de câmeras de segurança mostraram cerca de 30 jovens realizando arrastões no dia 3 deste mês, entre a praia do Arpoador e a de Copacabana. Nas filmagens, é possível ver que pelo menos três mulheres tiveram seus pertences roubados pelos assaltantes.
Grupo de 'justiceiros'
Os recentes casos de violência na região, inclusive, levaram pessoas a se reunirem em grupos de troca de mensagens para a formação de bandos de "justiceiros".
Na última quinta-feira (7), o secretário de Segurança Pública do estado, Victor dos Santos, repudiou esses atos e ressaltou que é crime "fazer justiça com as próprias mãos".
A Polícia Civil investiga pelo menos dois casos que estariam relacionados a ações dos chamados "bad boys de Copacabana".
* Sob supervisão de Maria Ferri