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Inaugurado por Paes, BRT acumula em dez anos histórico de problemas e corrupção

Sistema que deveria melhorar o transporte no Rio virou sinônimo de caos e protestos contra a precariedade do serviço

Rio de Janeiro|Do R7, com Record TV

Inaugurado em 2012, na gestão anterior de Eduardo Paes, o sistema do BRT acumula um histórico de problemas. Desde o serviço precário oferecido à população diariamente até indícios de corrupção, que levaram à condenação do ex-secretário de Obras Alexandre Pinto, após ter admitido o recebimento de propina de uma das empresas que participaram da implementação dos corredores exclusivos. 

Dez anos após o lançamento, o BRT, que prometia melhorar a mobilidade na cidade, teve, nesta sexta-feira (11), mais um capítulo de sua crise. Cansados de lidar com a falta de ônibus e a superlotação, usuários do transporte fecharam as pistas na altura da estação Magarça, em Guaratiba, na zona oeste do Rio, para protestar.

“É um descaso muito grande conosco, trabalhadores, que levantamos cedo da nossa casa para poder ir para o nosso trabalho. Centenas de pessoas estão aqui neste protesto porque não têm ônibus. É uma precariedade muito grande. Nós queremos trabalhar! Muitas pessoas aqui estão correndo o risco de perder seu emprego", reclamou uma passageira em entrevista à Record TV Rio

Outra usuária do transporte também desabafou: "Todo dia é BRT cheio, a gente sendo jogado para fora, soco nas costas. É só humilhação".

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Em meio ao caos, o prefeito Eduardo Paes alegou que o sistema estaria sendo alvo de sabotagem. Ele já havia levantado suspeita de que os empresários de ônibus estariam por trás da greve de motoristas ocorrida há cerca de duas semanas.

Superlotação em BRTs é uma das principais reclamações entre passageiros
Superlotação em BRTs é uma das principais reclamações entre passageiros Superlotação em BRTs é uma das principais reclamações entre passageiros

As acusações ocorreram depois que a prefeitura retirou das empresas de ônibus a gestão do BRT e a repassou para a empresa pública Mobi-Rio. As declarações foram repudiadas pelo grupo que representa os empresários, o Rio Ônibus. 

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Na avaliação do especialista em Transportes da FGV (Fundação Getulio Vargas) Marcus Quintella, seria necessário começar do zero para atender às demandas da população carioca que precisa de transporte público. 

"A solução ideal mesmo seria acabar com tudo e construir uma linha de trem ou metrô, mas isso em curto a médio prazo é praticamente impossível, por questões orçamentárias. Talvez em longuíssimo prazo isso venha a acontecer."

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A Prefeitura do Rio informou que, na próxima quarta (16), vai realizar a primeira licitação para a compra de 307 ônibus para renovar a frota do BRT. Os veículos chegarão em outubro. Outros 250 serão entregues até 2023.

Já a empresa que administra o BRT disse que está reforçando a equipe de manutenção dos ônibus.

A defesa do ex-secretário de Obras do Rio Alexandre Pinto não retornou ao contato da reportagem.

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