Logo R7.com
Logo do PlayPlus

Itamaraty pede desculpas a embaixadores por abordagem a jovens negros no Rio

Os adolescentes são filhos de diplomatas do Canadá, do Gabão e de Burkina Faso e estão de férias no Brasil

Rio de Janeiro|Do R7

Os jovens estrangeiros são filhos de uma diplomata do Canadá, do Gabão e de Burkina Faso. As vítimas estavam acompanhadas de um garoto branco
As vítimas estavam acompanhadas de dois garotos brancos. Um deles era morador do prédio, e os jovens estavam de férias no Brasil Reprodução/Record

O Itamaraty fez um pedido formal de desculpas, nesta sexta-feira (5), pela abordagem de policiais militares a três jovens negros, em Ipanema, na zona sul do Rio de Janeiro. Eles são filhos de diplomatas estrangeiros e estão de férias no Brasil.

O Ministério das Relações Exteriores recebeu, nesta manhã, em Brasília, os embaixadores do Gabão e de Burkina Faso. Além disso, pretende se encontrar com o embaixador do Canadá.

Por meio de nota, o Ministério das Relações Exteriores se comprometeu a acionar o governo do estado do Rio de Janeiro, para solicitar apuração rigorosa e responsabilização adequada dos policiais envolvidos na abordagem.

O caso aconteceu na rua Prudente de Morais, na quinta-feira (4). Imagens de câmeras flagraram o momento em que os adolescentes, acompanhados de outros dois meninos brancos, estavam em frente a um prédio residencial, quando policiais militares desembarcaram de uma viatura e já apontaram as armas para eles.


A mãe de um dos jovens classificou a abordagem como “racial e criminosa” e escreveu um desabafo nas redes sociais:

“Uma viagem de férias planejada há meses por quatro amigos com destino ao Rio de Janeiro. Adolescentes de 13 e 14 anos, acompanhados dos avós, experienciaram nas primeiras horas a pior forma de violência, quando foram abruptamente abordados por PMs armados com fuzis, sem perguntar nada, encostaram os meninos em um muro do condomínio. Três dos quatro adolescentes são negros”, relatou a mulher.


Ainda de acordo com ela, os PMs ainda alertaram para os jovens não andarem na rua.

“Eles não entenderam as perguntas feitas pelos PMs porque são estrangeiros e filhos de diplomata. Após perceberem o erro, liberaram os meninos. Mas antes, alertaram para as crianças não andarem na rua, pois seriam abordados novamente. Abordagem racial e criminosa. Traumático, triste e doloroso. Sabemos que isso acontece todos os dias e muitas vezes acaba em tragédia, mas não podemos deixar de agir. Essa luta é nossa”, desabafou.


Posicionamento da Polícia Militar

Em nota, a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar, informou que os policiais envolvidos na ação portavam câmeras corporais e as imagens serão analisadas para constatar se houve algum excesso por parte dos agentes.




Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.