O deputado estadual Jorge Picciani (MDB-RJ) deixou a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, zona norte do Rio de Janeiro, por volta das 19h30 desta quarta-feira (28). Na terça-feira (27), o STF (Supremo Tribunal Federal) aceitou, por 2 votos a 1, que o parlamentar passe a cumprir prisão domiciliar.
O ministro Dias Toffoli acatou o pedido da defesa de que o deputado tem uma doença grave e o tratamento é incompatível com as instalações carcerárias. Os advogados apresentaram exames que mostram que Picciani passou por uma cirurgia para retirada da bexiga e da próstata, por causa de um câncer, e precisa ser submetido a um tratamento pós-operatório. O entendimento foi seguido pelo ministro Celso de Mello.
Já o ministro Edson Fachin entendeu que a decisão deveria ser da Justiça Federal do Rio de Janeiro. Os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski não participaram da sessão.
Picciani, presidente afastado da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) está preso desde novembro na Operação Cadeia Velha. O deputado supostamente recebia propina para favorecer empresários do setor de transporte de passageiros.