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Jungmann: morte de Marielle Franco pesa sobre a imagem do Brasil

Segundo o ministro, as investigações para apurar possíveis interferências no inquérito conduzido pela Polícia Civil do Rio estão indo "muito bem"

Rio de Janeiro|Da Agência Brasil

Para Raul, morte de Marielle foi ataque à democracia
Para Raul, morte de Marielle foi ataque à democracia

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou nesta quinta-feira (13) que o assassinato da vereadora Marielle Franco "pesa" sobre o Brasil e a imagem do país no exterior. Segundo o ministro, as investigações iniciadas no mês passado para apurar possíveis interferências no inquérito conduzido pela Polícia Civil do Rio de Janeiro estão indo "muito bem".

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Jungmann disse, no entanto, que não tem nenhuma informação sobre os mandados de prisão e de busca e apreensão que estão sendo cumpridos nesta quinta nas cidades do Rio de Janeiro e de Juiz de Fora, em Minas Gerais.

"Não tenho o que comentar porque desconheço toda e qualquer informação, dados, motivos, ordem judicial referentes a esse caso. Não tenho nenhuma relação com o que Polícia Federal vem desenvolvendo lá", explicou.


Ao ser questionado se gostaria de entregar os resultados da investigação antes de deixar o comando da pasta, Jungmann afirmou que o caso Marielle "pesa sobre nós, pesa sobre o Brasil, sobre a nossa imagem". No próximo governo, a pasta da Segurança vai ser novamente fundida ao Ministério da Justiça.

O ministro ressaltou ainda que a morte de Marielle foi um ataque à democracia. 


"Ela era uma representante de várias comunidades, do povo do Rio de Janeiro, e que tinha evidentemente uma luta em defesa desse mesmo povo. Isso é uma causa democrática. Então atingir Marielle foi também atingir a democracia. E isso, para mim é um valor absoluto. Por isso: sim, eu gostaria muito de poder apresentar resultados o mais breve possível, se possível também ainda durante a nossa gestão."

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Jungmann disse que existem diferenças entre o inquérito instaurado logo após o assassinato de Marielle e do motorista Anderson Gomes e das investigações iniciadas com base em denúncias de envolvimento de uma organização criminosa na tentativa de impedir o esclarecimento dos fatos. A apuração dos mandantes e executores dos homicídios está sendo conduzida pela Polícia Civil e pelo Ministério Público.

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Quanto à investigação federal, Jungmann destacou que a equipe reunida foi “da melhor qualidade” e está tendo um “progresso realmente sensível”.

“O que nós investigamos é um complô entre a corrupção e o crime organizado no Rio. Esse complô, que quer evitar que se chegue até os executores e mandantes do caso Marielle, estamos investigando tem quase um mês até aqui. Este vai indo bem – o que eu posso dizer é que espero que, em breve, ter notícias, e notícias positivas, sobre o seu andamento […] e apresentar um resultado a toda a sociedade”, afirmou.

Crime

No dia 14 de março, a vereadora Marielle Franco, que cumpria o primeiro mandato pelo PSol, e o seu motorista Anderson Gomes foram assassinados no bairro do Estácio, na região central do Rio. Eles foram mortos a tiros quando voltavam para casa na Tijuca, após participar de evento na Lapa.

Oriunda da Favela da Maré, zona norte do Rio, Marielle tinha 38 anos, era socióloga, com mestrado em administração pública e ficou conhecida pela militância na área dos direitos humanos.

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