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Justiça autoriza transferência de catador baleado por militares no Rio

Homem foi baleado no domingo (7) ao tentar prestar socorro à família do músico Evaldo Rosa, 51 anos, que teve o carro alvejado pelo Exército

Rio de Janeiro|Da Agência Brasil

Hospital Municipal Moacyr Rodrigues do Carmo, em Caxias (RJ)
Hospital Municipal Moacyr Rodrigues do Carmo, em Caxias (RJ)

A família do catador de materiais recicláveis Luciano Macedo conseguiu no Plantão Judiciário na noite desta terça-feira (16) a transferência de Macedo do Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes para o Hospital Municipal Moacyr do Carmo, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

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Macedo foi baleado no domingo (7) ao tentar prestar socorro à família do músico Evaldo Santos Rosa, 51 anos, conhecido como Manduca, que teve o carro alvejado por mais de 80 tiros, em Guadalupe, durante uma blitz do Exército e morreu no local. Luciano foi atingido por três tiros e está em estado gravíssimo.

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Na decisão, a juíza Maria Izabel Pena Pieranti indicou o Hospital Moacyr do Carmo por ter estrutura para tratar do paciente, com médico cirurgião especialista em pulmão. A magistrada escreveu que o Estado e o município terão seis horas para fazer a transferência do paciente assim que receberem a intimação. Caso a medida não seja tomada, o Estado e o município terão de pagar multa de R$ 2 mil. Caso o prazo passe de 24 horas, a multa arbitrada é R$ 5 mil.

De acordo com a advogada da família Maria Isabel Tancredo, a necessidade da transferência é urgente e, reconhecida em laudo pelos próprios médicos do Hospital Carlos Chagas, pela falta de um cirurgião especializado para tratar do caso de Luciano.


“Luciano está respirando por ventilação mecânica, usando dreno de tórax e sedativos. Ele apresenta febre recorrente, sinalizando quadro de infecção generalizada, o que pode ser fatal. Os próprios profissionais do Carlos Chagas já fizeram tudo o que podiam e disseram que não tem estrutura física e de pessoal qualificado para os procedimentos que Luciano precisa agora. Mas, o sistema público de saúde ainda não o atendeu e por isso fomos à Justiça”, disse a advogada.

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Maria Isabel informou, ainda que, caso a decisão não seja cumprida no menor espaço de tempo vai recorrer para que o paciente “seja internado num hospital particular com as custas pagas pelo poder público”. A advogada acionou o Plantão Judiciário do Tribunal de Justiça no início da noite de hoje e tem expectativa de que a transferência para o Hospital Municipal Moacyr do Carmo seja realizada ainda esta noite ou no máximo até o início da manhã desta quarta-feira (17).

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