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Justiça converte em preventiva prisão de médico que estuprou paciente durante parto no RJ

Giovanni Quintella Bezerra será transferido de presídio em Benfica para cadeia Pedrolino Werling de Oliveira, em Gericinó

Rio de Janeiro|Victor Tozo, do R7*

Giovanni será transferido para Bangu 8
Giovanni será transferido para Bangu 8

O médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, preso pelo estupro de uma grávida durante o parto, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva durante a audiência de custódia realizada no presídio de Benfica, na zona central do Rio, nesta terça-feira (12). 

A juíza Rachel Assad também determinou a transferência de Giovanni para o presídio Pedrolino Werling de Oliveira (Bangu 8), no Complexo de Gericinó, na zona oeste do Rio, de acordo com a Seap (Secretaria de Administração Penal). 

A magistrada destacou, na decisão, a gravidade do crime, que ocorreu na presença de outros profissionais.

"Tamanha era a ousadia e intenção do custodiado de satisfazer a lascívia, que praticava a conduta dentro de hospital, com a presença de toda a equipe médica, em meio a um procedimento cirúrgico", afirmou Assad.


A juíza também considerou que o estupro foi cometido de forma brutal e cruel e que o médico agiu demonstrando desprezo pela dignidade da mulher e pela ética profissional.

"Em um parto em que a mulher, além de anestesiada, dava à luz o seu filho — em um dos prováveis momentos mais importantes de sua vida —, o custodiado, valendo-se de sua profissão, viola todos os direitos que ela tinha sobre si mesma", declarou.


O anestesista foi detido no último domingo (11) pela Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher) de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, após ter sido filmado pela equipe de enfermagem abusando sexualmente de uma paciente, que estava sedada, durante a cesariana. 

Além do vídeo, os funcionários recolheram da lixeira e entregaram à polícia uma gaze que pode conter o material genético de Giovanni. As imagens flagraram o momento em que ele limpou o próprio corpo e o rosto da vítima, de acordo com a delegada Bárbara Lomba, que investiga o caso. 


A Deam já ouviu, até o momento, outras três mulheres que podem ter sido vítimas do médico. Ao menos duas delas afirmaram que ficaram dopadas durante o procedimento.

Uma das depoentes disse já ter passado por dois partos anteriormente, nos quais não foi sedada da mesma forma que ocorreu no atendimento feito por Giovanni. Outra mulher, uma jovem de 23 anos, contou ter acordado "suja" após ter ficado desacordada durante a cirurgia. 

Para esta terça (12), também estava previsto o depoimento do obstetra responsável pelo parto da mulher que aparece no vídeo gravado pelas enfermeiras.

O R7 tenta localizar a defesa de Giovanni, após o advogado Hugo Novais deixar o caso.

*Estagiário do R7, sob supervisão de Celso Fonseca 

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