Justiça nega recurso e mantém Dr. Jairinho e Monique Medeiros presos
Juiz considerou que soltura do casal poderia intimidar testemunhas e atrapalhar julgamento do caso do assassinato de Henry Borel
Rio de Janeiro|Victor Tozo, do R7*
O TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro) negou o pedido da defesa e manteve a prisão preventiva de Monique Medeiros e Jairo Souza Santos Junior, o Dr. Jairinho, mãe e padrasto de Henry Borel, nesta terça-feira (20).
Os dois são reús no processo de homicídio triplamente qualificado do menino de 4 anos, no dia 8 de março deste ano.
A decisão é do juiz Daniel Werneck Cotta, do 2º Tribunal do Júri, que reforçou a “extrema covardia e agressividade” com que o crime foi cometido. Além disso, o magistrado considerou que “a liberdade dos acusados poderia causar justificável temor às testemunhas, impedindo seu comparecimento”.
Cotta relembrou denúncias recebidas no curso das investigações do caso Henry de que Jairinho e Monique teriam coagido testemunhase cometido fraude processual, por meio da combinação de versões nos depoimentos prestados à polícia. Além disso, reiterou que, no momento da prisão, o casal não estava em nenhum dos endereços fornecidos às autoridades.
O juiz também recebeu, nesta quinta, o aditamento à denúncia do MP-RJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro), que requer a condenação do casal por danos morais causados ao pai de Henry, Leniel Borel, com pagamento de R$ 1,5 milhão ao engenheiro.
Monique e Jairinho estão presos desde o dia 8 de abril. O casal teve a prisão preventiva decretada pela Justiça no dia 7 de maio, quando foi recebida a denúncia do MP-RJ e se tornaram réus no processo da morte de Henry.
*Estagiário do R7, sob supervisão de Raphael Hakime