Monique Medeiros é acusada de participação na morte do filho, Henry Borel
Brunno Dantas / TJ-RJAcusada de participação na morte do filho, Henry Borel, Monique Medeiros se tornou alvo de uma sindicância nesta quarta-feira (25), na Secretaria Municipal de Educação do Rio, por suspeita de irregularidades na assinatura da folha de ponto.
Monique foi afastada do trabalho na secretaria após a perícia da prefeitura contestar o laudo médico entregue por ela com um pedido de licença de 60 dias.
Inicialmente, já havia chamado a atenção do secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha, a apresentação do atestado um dia depois de ter se tornado público o retorno da servidora ao trabalho.
Além disso, outros indícios de irregularidades na conduta profissional de Monique foram identificadas:
“Foi constatado que, apesar de hoje ainda ser quarta-feira, dia 25 de janeiro, a folha de ponto da servidora já está assinada até a próxima semana, dia 31 de janeiro. Como o ponto da servidora já tem assinatura de presença futura? Isso não tem o menor cabimento. Diante disso, determinei investigação rigorosa por parte da secretaria, que culminou com a decretação a partir de hoje do afastamento dela. Enquanto isso, vamos aprofundar nas apurações”, explicou o secretário Renan Ferreirinha.
Apesar do afastamento, Monique Medeiros continua a receber o salário de cerca de R$ 3.000. De acordo com a secretaria, a medida é prevista em lei.
“Pessoalmente, acho um absurdo pagar uma servidora que não trabalha e é acusada de um crime bárbaro, mas essa é a lei e estamos cumprindo, mas deixando a servidora afastada dos nossos alunos e demais servidores ”, afirma Renan Ferreirinha.
Antes de ser presa, Monique Medeiros trabalhou como professora e chegou a ser diretora de uma escola. Recentemente, havia sido realocada em função administrativa.
Depois de um ano na cadeia, Monique foi autorizada pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), no ano passado, a responder ao processo pela morte do filho em liberdade. Com essa decisão, não houve impedimento para que ela retornasse ao trabalho.
Monique e o ex-vereador Dr. Jairinho, ex-namorado dela, são acusados pela morte da criança, em 2021. Os dois vão a júri popular, ainda sem data marcada.