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Mãe de jovem assassinado em operação há um ano no Rio morre sem ver justiça pelo filho

Aline de Souza enfrentava depressão desde morte de Thiago Conceição, de 16 anos, no Complexo da Penha, segundo familiares

Rio de Janeiro|Victor Tozo, do R7*

Aline de Souza morreu um ano após filho, baleado no Complexo da Penha
Aline de Souza morreu um ano após filho, baleado no Complexo da Penha Aline de Souza morreu um ano após filho, baleado no Complexo da Penha

A mãe do adolescente Thiago Conceição, de 16 anos, assassinado durante uma operação da Polícia Civil, no Complexo da Penha, zona norte do Rio de Janeiro, morreu nesta quinta-feira (23), pouco mais de um ano após o filho ser baleado dentro de casa. Segundo informações confirmadas por familiares, Aline de Souza foi vítima de um AVC (acidente vascular cerebral) e enfrentava um quadro de depressão desde a perda do jovem.

Através de uma rede social, a prima de Thiago, Caroline Pereira, fez um desabafo sobre a morte de Aline, que não viu justiça ser feita pelo filho.

"Se passou um ano e até hoje nada. Com muita dor no coração, após um ano esperando, enterramos Aline, que não teve seu direito de justiça. Carregamos no peito uma dor e revolta que nunca mais iremos esquecer", escreveu Caroline em seu relato.

Na publicação, a prima do adolescente também compartilhou informações relatando que o MP-RJ (Ministério Público), que abriu um procedimento investigativo em paralelo ao inquérito da polícia, ainda não coletou as provas do crime na casa onde Thiago morreu. Além disso, os familiares também cobram a reconstituição do caso.

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Thiago foi baleado durante a megaoperação "Coalizão pelo Bem", que, de acordo com a Polícia Civil, tinha o objetivo de capturar líderes de uma das maiores facções criminosas do Rio. A ação também teve participação das polícias do Pará e do Amazonas.

Segundo testemunhas, Thiago estava tomando café em casa, localizada no Morro da Fé, quando foi atingido. A morte gerou protestos de moradores da comunidade. O tio do adolescente revelou ter encontrado o projétil que matou o sobrinho dentro do violão do menino, que fazia aulas de música.

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Na ocasião, a Polícia Civil negou que houvesse ação perto da região onde Thiago foi baleado. Dois homens, considerados suspeitos pelos agentes, também morreram durante a operação. 

Procurada, a Delegacia de Homicídios da Capital disse que as investigações continuam para identificar a autoria do disparo que atingiu a vítima e esclarecer os fatos.

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Já o MP-RJ não se manifestou até a publicação desta matéria.

*Estagiário do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira

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