Marielle: chefe da polícia evita dar detalhes de operação sigilosa
Em entrevista, Rivaldo Barbosa afirmou que os assassinatos foram muito bem desenhados e que a investigação é estratégica
Rio de Janeiro|Juliana Valente, do R7*
O chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, afirmou que a ação desta quinta-feira (13) relacionada as investigações dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do seu motorista Anderson Gomes é estratégica. A declaração foi dada após a inauguração da DECRADI (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância) no centro do Rio de Janeiro.
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De acordo com Rivaldo, o crime "foi muito bem desenhado", mas que a Polícia Civil está trabalhando para elucidar o caso para toda a população. Questionado sobre os alvos da ação, ele respondeu que a investigação é cercada de sigilo e que qualquer resposta poderia estragar toda a estratégia.
Ainda segundo o chefe da Polícia Civil do Rio, os agentes estão em busca de provas robustas e concretas para condenar e prender os responsáveis por este crime.
Desde cedo, agentes estão nas ruas para cumprir mandados de prisão e buscas relacionados às investigações pela morte de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A operação ocorre em bairros da capital fluminense, em Angra dos Reis, Nova Iguaçu, Petrópolis, e Juiz de Fora, em Minas Gerais.
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A Divisão de Homicídios informou ainda que, desde que iniciadas as investigações que apuram a autoria dos crimes, vem realizando várias operações. O objetivo delas seriam possibilitar a checagem e a qualificação de inúmeras informações que o setor de inteligência coleta ou que são transmitidas anonimamente para a unidade.
Segundo informações da RecordTV, durante as buscas em um comunidade em Angra do Reis, houve troca de tiros entre a polícia e traficantes locais. Policiais militares teriam ficado encurralados durante o cumprimento dos mandados de prisão. O caso segue sob sigilo.
Relembre o caso
Marielle Franco foi assassinada com quatro tiros na cabeça e seu motorista Anderson Gomes, atingido por três disparos. Eles estavam saindo de um encontro político-cultural, no bairro de Estácio, no centro do Rio de Janeiro, quando foram mortos em 14 de março deste ano.
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*Estagiária do R7, sob supervisão de Ingrid Alfaya