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Médicos são indiciados por morte de idosa rejeitada em emergência

Equipe do Hospital Getúlio Vargas, no Rio, negou atendimento, porque "caso não era grave". Paciente acabou morrendo após duas paradas cardíacas

Rio de Janeiro|Rayssa Motta, do R7*, com RecordTV

Irene morreu após ter atendimento negado em hospital
Irene morreu após ter atendimento negado em hospital

Após quase quatro meses de investigação, a Polícia Civil concluiu que quatro médicos devem ser inidicados pelo homicídio culposo (quando não há intenção de matar) de Irene de Jesus Bento. O inquérito entendeu que os profisisonais falharam no atendimento da paciente.

A SES-RJ (Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro) já havia afastado os médicos. O CREMERJ (Conselho Regional de Medicina) também abriu uma sindicância para apurar o caso, mas até agora não chegou a uma conclusão.

Lei também: SES-RJ investiga hospital após morte de paciente que foi rejeitada

Relembre o caso


Irene de Jesus Bento, que tinha 54 anos, morreu após ter sido rejetada na emergência do Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro, em 28 de julho. 

A paciente deu entrada na unidade hospitalar com dificuldades para respirar e sem conseguir falar ou andar. De acordo com a família, ela não recebeu atendimento de emergência, porque seu caso não foi considerado grave. Mas segundo o filho de Irene, Rangel Marques, a avaliação médica se restringiu a aferição da pressão arterial feita por uma enfermeira.


"Não tinham feito exame nenhum, só tinham tirado a pressão, e falaram que ela estava respondendo aos movimentos. Ela não estava andando nem falando" disse Rangel, em entrevista à RecordTV.

De acordo com o filho da vítima, ele ouviu do hospital que eles só atendiam casos graves, como baleados. 


Em um vídeo gravado por Rangel, ele percorre o hospital em busca de socorro para a mãe e encontra uma médica sentada em uma sala mexendo no celular.

"A médica está aqui no celular e a pessoa lá quase morrendo. O que está acontecendo?", questiona no vídeo. Assista:

Ele levou a mãe para uma UPA, mas depois de duas paradas cardíacas, a mulher foi transferida de volta ao Hospital Getúlio Vargas e acabou morrendo. 

*Estagiária do R7, sob supervisão de Odair Braz Jr. 

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