Menina baleada pela PRF tem piora no quadro de saúde, no Rio
Heloísa dos Santos, de 3 anos, precisou ser reanimada após sofrer uma parada cardiorrespiratória na madrugada desta quinta (14)
Rio de Janeiro|Bernardo Pinho*, do R7
O quadro de saúde da menina baleada durante uma abordagem da PRF (Polícia Rodoviária Federal) piorou na madrugada desta quinta-feira (14), no Rio de Janeiro. Heloísa dos Santos, de 3 anos, precisou ser reanimada após sofrer uma parada cardiorrespiratória.
Em nota, a Prefeitura de Duque de Caxias informou que o estado de saúde da criança é considerado gravíssimo. Ela está internada no CTI (centro de tratamento intensivo) do Hospital Municipal Adão Pereira Nunes, na Baixada Fluminense, com ferimentos na cabeça e na coluna cervical.
O caso aconteceu na última quinta-feira (7). De acordo com o pai de Heloísa, o carro da família trafegava pelo Arco Metropolitano quando começou a ser seguido por uma viatura da PRF. Ele afirmou que ao menos cinco disparos foram efetuados. "A polícia foi muito irresponsável, a vida da minha filha está em jogo", relatou Willian Silva, em entrevista à Record TV Rio.
As investigações apontaram que o carro em que eles estavam era roubado. Willian afirmou que não sabia da irregularidade do veículo. Segundo ele, a família acabou de comprá-lo de um amigo que mora em Petrópolis, na região serrana do Rio.
A Polícia Rodoviária Federal informou, por meio de nota, que os agentes envolvidos na ação foram afastados preventivamente e vão passar por um exame psicológico. A PF assumiu a investigação do caso.
Agente é investigado por entrar no hospital
Outro agente da PRF está sendo investigado por ter entrado no hospital onde Heloísa está internada. O policial à paisana foi flagrado em imagens do circuito interno da unidade, no corredor da emergência pediátrica, no último sábado (9). No entanto, ele não conseguiu ter acesso à UTI, onde está a criança.
De acordo com informações obtidas pela Record TV, o agente chegou a ser afastado da instituição por problemas disciplinares, em 2009. Ele foi reintegrado 11 anos depois, numa decisão do então ministro da Justiça Sérgio Moro.
*Sob a supervisão de Bruna Oliveira