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Ministério sabia de riscos de incêndio em hospital desde 2019

Relatório produzido em abril de 2019 relata diversos problemas na estrutura do Hospital Federal de Bonsucesso

Rio de Janeiro|Do R7

Ministério da Saúde não se manifestou
Ministério da Saúde não se manifestou

Um relatório produzido em abril de 2019 por uma equipe de engenheiros, a pedido do Ministério da Saúde, constatou diversos problemas na estrutura de combate a incêndios do HFB (Hospital Federal de Bonsucesso), na zona norte do Rio. Um ano e meio depois, nada foi feito e nesta terça-feira (27) o hospital pegou fogo, matando pelo menos dois pacientes.

Questionado sobre a falta de providências para sanar o risco de incêndio no hospital, o Ministério da Saúde não se manifestou - limitou-se a lamentar o incêndio e a morte de uma paciente, em nota.

Leia mais: Hospital de Bonsucesso não tinha certificado dos Bombeiros

Em setembro de 2019, de posse desse relatório a Defensoria Pública da União cobrou providências da direção do HFB para ajustar o hospital às normas de segurança e solicitou ao Corpo de Bombeiros que fizesse uma vistoria na unidade de saúde.


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"Depois disso, a Defensoria fez seu papel de reforçar reiteradamente a necessidade de providência urgente aos órgãos competentes", informou, em nota, a Defensoria.

"Sobre as razões de as demandas não terem sido atendidas, não temos como responder. Sugerimos que as perguntas sejam encaminhadas aos responsáveis pela gestão do HFB", completa o texto.


Reforma

O Hospital Federal de Bonsucesso tinha vários projetos "aprovados pelo Ministério da Saúde e em andamento para realizar uma série de reformas de urgência", segundo nota divulgada pela pasta.


"Apesar da unidade de saúde ter vários projetos aprovados pelo Ministério da Saúde - e em andamento - para realizar uma série de reformas de urgência, ainda não é possível afirmar as causas do incêndio", afirma o Ministério.

"Apenas após o trabalho da perícia será possível apontar os fatores que levaram ao ocorrido", segue a nota. O Ministério lamentou a morte dos pacientes e afirmou que a prioridade naquele momento era "zelar pela vida das pessoas e controlar a situação".

"Ainda não foram identificadas as causas do incêndio, mas todas as providências estão sendo tomadas nesse sentido. O hospital já tinha um diagnóstico prévio sobre a situação estrutural do complexo hospitalar, inclusive de toda a rede elétrica - o que vai facilitar a apuração dos fatos que levaram ao ocorrido", afirmou o Ministério da Saúde.

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