Ronald Tejeda, de 29 anos, não resistiu e morreu
Reprodução/ Redes sociaisA Polícia Civil do Rio de Janeiro tenta montar um quebra-cabeça para esclarecer o que aconteceu com os dois turistas chilenos encontrados feridos, no último fim de semana, em um mirante em Santa Teresa, na região central da cidade.
Um dos estrangeiros resgatados pelo Corpo de Bombeiros não resistiu e morreu três dias depois de dar entrada no hospital. O corpo de Ronald Tejeda deve ser levado para o Chile neste sábado (20).
Já o sobrevivente continua internado em um hospital particular, no Rio, mas não se lembra do que aconteceu depois de ter entrado em um carro na Lapa, na madrugada do último domingo (14). Em uma postagem, ele fez uma homenagem ao amigo que morreu e afirmou que a recuperação será longa no Brasil.
Os turistas, ambos de 29 anos, estavam de férias na cidade e se hospedaram em Copacabana, na zona sul, para onde deveriam ter retornado depois do passeio pelo bairro boêmio.
A polícia já sabe que os chilenos foram vistos acompanhados de mulheres antes de entrarem em um automóvel na saída da Lapa. Os investigadores da Deat (Delegacia Especial de Apoio ao Turismo) tentam identificar quem são as garotas e se o carro prestava serviço de corrida por aplicativo.
Os ferimentos identificados nas vítimas são decorrentes de queda do mirante. De acordo com a perícia, os estrangeiros despencaram de uma altura de 10 m. No entanto, falta esclarecer se eles foram empurrados ou caíram. A polícia aguarda os laudos complementares, mas não há indícios de que os turistas tenham sido agredidos ou sofrido um ataque com arma.
A delegada Patrícia Alemany, responsável pela investigação, conversou informalmente com o sobrevivente. Ele disse não se lembrar do que aconteceu depois de ter entrado no carro na Lapa. A vítima afirmou ter recuperado a consciência quando já estava no Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro.
Em razão da amnésia do estrangeiro, uma das hipóteses é a de que eles tenham sido dopados. Não está descartado pela polícia que os amigos tenham sido vítimas do golpe conhecido como "boa noite, Cinderela".
Até o momento, os celulares das vítimas não foram encontrados. No momento do resgate, apenas um dos chilenos estava com carteira de identificação.