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Moradores contestam versão da PM sobre morte em comunidade do Rio

Jonas Andrade foi baleado no Tabajaras, em Copacabana. PM sustenta que, após tiroteio, ele foi encontrado ferido com granada e fogos de artifício

Rio de Janeiro|Rayssa Motta, do R7*

Comunidade fica no bairro de Copacabana
Comunidade fica no bairro de Copacabana

Um homem morreu e uma mulher ficou ferida na comunidade dos Tabajaras, em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro, na manhã de quinta-feira (17).

De acordo com a Polícia Militar, agentes da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da comunidade foram recebidos a tiros na localidade conhecida como “Cantão”. As plataformas Onde Tem Tiroteio e Fogo Cruzado, que monitoram disparos no Rio de Janeiro, não registraram tiros na região.

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Ainda segundo a corporação, os agentes reagiram e, após o tiroteio, encontraram um suspeito caído com uma granada e fogos de artifício. Jonas Antunes de Andrade, de 25 anos, chegou a ser socorrido ao Hospital Miguel Couto, no Leblon, também na zona sul, mas não resistiu aos ferimentos. Ele deixa três filhas.


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A versão da polícia é contestada por familiares da vítima e moradores da comunidade. “Eles [PMs da UPP] estão oprimindo morador de segunda a segunda”, disse uma moradora que preferiu não ser identificada.


“O rapaz era trabalhador. É belo trabalho morrer gente inocente?”, escreveu uma internauta na página da UPP Tabajaras no facebook. 

"Quero saber até quando vão matar inocente e dizer que é bandido", dizia outro comentário.


Em resposta, a página disse que os policiais se defenderam da agressão, que "toda ação gera uma reação" e usou o estatuto do desarmamento para justificar a ação. "No mais, exerceremos o poder coercitivo sempre que marginais da lei tentarem afrontar o ESTADO através de seus agentes", conclui. Leia o comentário na íntegra:

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O caso foi registrado na 12ª DP (Copacabana).

Procurada pelo R7 para comentar a conduta dos agentes envolvidos na morte de Jonas, a Polícia Militar não informou se instaurou inquérito interno para investigar o caso. A Polícia Civil não respondeu até o fechamento desta matéria. 

*Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa

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