Mortes na Ceasa: polícia não descarta possibilidade de crime ordenado por traficante

A DH (Delegacia de Homicídios) investiga a possibilidade de que um traficante de uma favela próxima à Ceasa, em Irajá, zona norte, tenha sido o mandante do crime queresultou na morte de duas pessoas durante uma tentativa de assalto, na última segunda-feira (17). 

O titular da DH da capital, Rivaldo Barbosa, afirmou que os envolvidos no latrocínio atuam no tráfico de drogas na comunidade Faz Quem Quer, em Rocha Miranda, zona norte, mas não confirmou a informação de que um criminoso tenha orquestrado a ação na Ceasa.

— Eu posso afirmar preliminarmente que esses suspeitos participam do tráfico de drogas. Em outra oportunidade, posso confirmar [que um traficante foi o mandante do crime], mas há uma certa razão nessa história. 

Durante a entrevista ao vivo para o Balanço Geral RJ, o delegado da Divisão de Homicídios disse que a polícia tenta identificar agora os suspeitos que ajudaram no roubo seguido de morte.

— A DH não está satisfeita com o desfecho do crime e a prisão de dois executores. Nós temos que dar um próximo passo que é descobrir quem são as pessoas, se é que elas existem, que orquestraram a ação criminosa. Pela dinâmica do crime, não só os executores foram responsáveis por essa ação, mas também outras pessoas.

As investigações levaram a prisão de dois homens suspeitos. Pedro Henrique de Miranda Franco, de 19 anos, e o homem que teria executado as vítimas, Nelson de Oliveira Nogueira, de 18 anos. Ele não tinha antecedentes criminais, mas na casa do suspeito foram encontrados R$ 1.700, drogas e o documento do carro.

Outros cinco integrantes da quadrilha que tiveram participação direta ou indireta no crime foram identificados e tiveram o mandado de prisão decretado. A polícia também apura se os envolvidos na execução da funcionária e do segurança do supermercado participaram de outras ações criminosas na região. 

Câmeras de segurança ajudaram na identificação

Imagens de câmeras de segurança do Ceasa registraram o momento em que Mariane Santos da Silva, de 24 anos, foi abordada por um homem e atingida por dois disparos à queima roupa. Ela era funcionária de um supermercado e estava com uma mochila que continha R$ 18 mil da empresa.

Quem tiver informações sobre o paradeiro de outras pessoas envolvidas nas mortes na Ceasa, pode ligar para o Disque-Denúncia: 2253-1177.