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Mototaxista fica de cueca em mercado para provar que não roubou carne após abordagem

Alex Silva apontou racismo após ter sido abordado no Guanabara da Penha, na zona norte do Rio; o advogado dele pediu indenização

Rio de Janeiro|Do R7

Homem tirou as calças para mostrar que não roubou carne
Homem tirou as calças para mostrar que não roubou carne

Um mototaxista afirma ter sido alvo de racismo quando foi abordado por seguranças de um supermercado na Penha, na zona norte do Rio, e acusado de roubar carne do estabelecimento. O caso aconteceu com Alex Silva Pereira no dia 31 de dezembro, no Guanabara.

Segundo o advogado Gilberto Santiago, Alex foi ao mercado comprar carnes para fazer um churrasco de fim de ano com os amigos e, na saída do caixa, ainda com a nota fiscal na mão, os seguranças o abordaram de forma ostensiva, mandando que ele tirasse uma peça de roupa e dizendo que a peça de carne estaria escondida.

No fim da abordagem, o mototaxista acabou tirando as calças e ficaou só de cueca no mercado para mostrar que não estava com nenhum produto. A ação foi filmada, e o vídeo viralizou nas redes sociais.

As imagens mostram Alex com o carrinho e o celular na mão, cercado por funcionários do mercado. Em seguida, ele abaixa as calças para mostrar que não tinha nada escondido.


Gilberto afirmou que entrou com uma representação civil de reparação de danos contra o supermercado e pediu uma indenização de R$ 100 mil. Além disso, a defesa pediu a retratação da empresa, na loja física e nas redes sociais, pela revista “abusiva” e pela associação do mototaxista a um ladrão.

Por meio de nota, o Supermercado Guanabara informou que “os funcionários foram desligados da empresa, pois, embora não tenham solicitado que o cliente tirasse a roupa ou fizessem revista íntima, o que é ilegal e vedado pela Constituição Federal, não impediram que a situação acontecesse, além de deixarem de seguir todas as regras adotadas pela empresa de procedimento para verificação de nota fiscal. No mesmo dia a empresa tentou fazer contato com o cliente, mas não foi possível, já que o mesmo não registrou ocorrência na loja. A empresa afirma que repudia e não tolera nenhuma forma de discriminação e que intensificará o ciclo de treinamento que já acontece de forma recorrente”.

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