MP-RJ cumpre novos mandados de busca e apreensão na Operação Calígula
De acordo com órgão, ação desta quarta (11) investiga empresas que foram usadas para lavar dinheiro de casas de apostas
Rio de Janeiro|Márcio Mendes, do R7*, com Anabel Reis, da Record TV Rio
O MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) cumpriu novos mandados da Operação Calígula, na manhã desta quarta-feira (11), para investigar cerca de 19 empresas ligadas ao esquema de casas ilegais de apostas. De acordo com as informações do MP, os estabelecimentos foram usados para lavagem de dinheiro.
Foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão nos bairros de Ipanema, Recreio Itanhangá e Barra da Tijuca. Os agentes revistaram a residência de cinco pessoas, entre elas dois policiais civis que estariam ligados a rede de jogos de azar.
Ainda de acordo com o MP-RJ, a quadrilha estabeleceu acordos de corrupção com servidores da segurança pública do estado. Na operação da última terça-feira (10), os agentes prenderam os delegados Marcos Cipriano e Adriana Belém.
Segundo a denúncia, um dos agentes recebia propina para permitir a reabertura e o funcionamento de uma casa ilegal de jogos no Quebra Mar, na Barra da Tijuca. O outro inspetor é apontado como braço direito de Adriana Belém.
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Delegada
A delegada Adriana Belém, que foi presa durante a operação Calígula, foi exonerada do cargo que ocupava na Secretaria Municipal de Esportes e Lazer do Rio, nesta quarta. A decisão foi publicada na edição do Diário Oficial.
Na manhã de hoje, a delegada foi levada para fazer o exame de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal) e encaminhada para o presídio de Benfica, na zona norte do Rio
Adriana Belém vai passar pela audiência de custódia na tarde desta quarta. Um juiz vai decidir se mantém a prisão preventiva ou se ela vai responder o processo em liberdade.
Marcos Cipriano
O delegado Marcos Cipriano, alvo de denúncia do MP por ligação com a organização criminosa de Rogério de Andrade, foi levado ao presídio de Bangu 8. A prisão dele foi mantida em audiência de custódia.
Na casa de Cipriano, ontem, o Gaeco encontrou a decisão que determinou a prisão dele durante as buscas na operação Calígula. Para os promotores, o caso indica que houve vazamento de informações, o que deve ser investigado.
O R7 tenta contato com as defesas dos investigados.
*Estagiário do R7, sob supervisão de Bruna Oliveira