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MPF investiga se esquema da Alerj destinou R$ 3 mi à Mangueira

Segundo depoimento de Carlos Miranda, valores foram pagos ao deputado Chiquinho da Mangueira em 2014; acusado e escola negam acusações

Rio de Janeiro|Bruna Oliveira, do R7

Escola nega envolvimento em esquema de corrupção
Escola nega envolvimento em esquema de corrupção Escola nega envolvimento em esquema de corrupção

A Polícia Federal e o MPF (Ministério Público Federal) investigam se parte da propina de R$ 3 milhões paga ao deputado estadual Chiquinho da Mangueira (PSC), preso na operação Furna da Onça, nesta quinta-feira (8), foi destinada à escola de samba Estação Primeira de Mangueira, no Carnaval de 2014.

Os investigadores tiveram acesso às informações após analisarem planilhas de doleiros responsáveis por distribuir o dinheiro do esquema de corrupção chefiado pelo ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral e que tinha a participação de parlamentares da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro).

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Segundo a procuradora da República Renata Ribeiro Baptista, o pagamento foi confirmado pelo operador financeiro de Cabral, Carlos Miranda.

"A gente não consegue estimar quanto ele usou no Carnaval. O depoimento do Carlos Miranda diz que naquele período [final de 2013 e início de 2014] foram pagos valores e o objetivo era destinar para o Carnaval. E, de fato, nesse período pré-carnavalesco, entre dezembro de 2013 e fevereiro de 2014, houve pagamentos concentrados maiores do que os valores rotineiramente pagos ao Chiquinho a título de mensalão, o que dá a entender que foi uma concentração para o Carnaval", disse Renata. 

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A assessoria de imprensa de Chiquinho da Mangueira e da escola de samba disse que "as acusações são infundadas e os trabalhos no barracão seguem normalmente".

Veja também: Justiça aceita nova denúncia e Sérgio Cabral vira réu pela 26ª vez

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Operação Furna da Onça

Policiais federais cumpriram mandados de prisão contra políticos no Rio na manhã desta quinta-feira. Entre os alvos estão deputados estaduais, o presidente do Detran/RJ (Departamento de Trânsito do Estado do Rio de Janeiro), Leonardo Silva Jacob, e um secretário do governo de Luiz Fernando Pezão (MDB), Affonso Monnerat.

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Jacob e Vinícius Farah, ex-presidente do Detran/RJ e deputado federal eleito pelo MDB, são os únicos que ainda não foram presos. A Polícia Federal deu prazo para os dois se entregarem até as 15h.

De acordo com a PF e o MPF, informações obtidas com o doleiro e delator Carlos Miranda, considerado braço direito do ex-governador Sérgio Cabral, levou à descoberta de um esquema de corrupção, desvio de verbas e loteamento de cargos públicos dentro do Detran/RJ e outros órgãos da administração estadual, que teria perdurado entre 2011 e 2014, durante o segundo governo de Cabral.

Além de aumento patrimonial dos envolvidos, o objetivo do esquema era pagar valores mensais aos deputados aliados, chamado de "mensalinho" pelos procuradores, em favor do grupo político de Sérgio Cabral. Os parlamentares também puderam fazer indicações para cargos públicos e órgãos terceirizados. Os pagamentos chegaram a R$ 54,5 milhões e foram identificados a partir de um sistema eletrônico controlado por Carlos Miranda.

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